Parking News

Com a crescente pressão dos lojistas para reduzir custos de aluguel, shoppings centers em todo o mundo vêm buscando novas formas de elevar suas receitas. Surgem acordos com empresas de cartão de crédito, fortalecimento da convergência digital, locação de parte da garagem do empreendimento para concessionárias realizarem feirões de veículos, ações de merchandising e permutas para sorteio de brindes. Há até mesmo um concurso internacional, promovido pelo International Council of Shoppings Centers (ICSC), para premiar as melhores iniciativas. Na edição de 2013, um shopping brasileiro foi vencedor em duas categorias na disputa realizada na América Latina.
De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), no ano passado 80% da receita dos shoppings brasileiros teve origem na cobrança do aluguel. O faturamento com estacionamento representou 12% da receita, enquanto ações de merchandising participaram do bolo com apenas 6%. "A minha previsão é que o merchandising vai aumentar de importância, assim como serviços adicionais", diz Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&BW. Marinho é também jurado da edição latino-americana do concurso promovido pela ICSC.
Concorda com Marinho o superintendente do Boulevard Shopping Belo Horizonte, Daniel Vieira. Ele venceu duas categorias do concurso da edição latino-americana do ICSC. Levou ouro na categoria "aperfeiçoamento do NOI" (Net Operate Income, receita líquida operacional) com o projeto "Natal de Casa Nova", em dezembro do ano passado. Nesse projeto, o shopping fez uma permuta com a construtora Habitare.
A construtora utilizou um espaço de cem metros quadrados do shopping para montar um apartamento decorado de um empreendimento construído próximo ao centro de compras. Em troca, o shopping ganhou um apartamento mobiliado no valor de R$ 300 mil, que foi sorteado no Natal para os clientes que gastassem R$ 400 em compras nas lojas do estabelecimento.
O shopping, que tem 95% da receita gerada pelo aluguel das lojas, também começou a locar o estacionamento para uma concessionária de veículos, que realiza feirões de automóveis. "Não tem como não depender do aluguel das lojas. O negócio é esse. Mas podemos ajudar os lojistas com ações como essa, além de buscar segurar o valor do condomínio com ações de economia de energia elétrica, por exemplo."
Segundo ele, potencializar o merchandising dentro do shopping é uma importante ação para elevar a receita. "Isso está aumentando mais. Aqui recebemos 1 milhão de clientes por mês. Se uma indústria fizer uma ação promocional no shopping, o produto dela será exibido para 1 milhão de pessoas. É muito significativo."
"É possível que alguns shoppings tenham de começar a negociar reduções importantes. E isso vai aumentar a importância da busca por novas fontes de receita. Os shoppings estão bastante preocupados em buscar fontes de renda", afirma Marinho.
Fonte: Valor Econômico (SP), 28 de novembro de 2013

Categoria: Mercado


Outras matérias da edição

Variação de ritmo (28/11/2013)

O crescimento da indústria de shoppings nunca foi tão expressivo e rápido. De janeiro de 2007 a dezembro de 2012, foram inaugurados 94 empreendimentos em todo o país. O faturamento aumentou 106%, fech (...)

Como será a garagem do futuro? (25/11/2013)

Chegar ao prédio, pegar o elevador e caminhar até a porta de casa é algo comum na rotina de milhares de moradores. Mas, e se você fizesse tudo isso de carro? Essa realidade já é possível em alguns emp (...)


Seja um associado Sindepark