Na primeira etapa, que vai até o fim de 2015, o shopping terá investimento da Sá Cavalcante de R$ 440 milhões. Outros R$ 200 milhões em investimentos por parte da companhia já estão previstos para a expansão do centro comercial, a partir de 2016.
As seis torres comerciais, que fazem parte do projeto na Baixada, têm um valor geral de vendas (VGV) de R$ 280 milhões. Sua comercialização está começando neste mês - as vendas das unidades vão gerar os recursos para a sua construção.
O objetivo é transformar o novo centro comercial no quarto maior shopping do Estado e principal centro de comércio da região, capaz de atrair tanto o consumidor que recorre ao comércio de rua dos municípios da Baixada quanto aqueles que se deslocam para os shoppings da Zona Norte e da Barra da Tijuca.
O diretor-presidente do braço de shoppings do grupo, Leonardo Cavalcante, diz que o projeto do Shopping Dutra se enquadra na estratégia da Sá Cavalcante de investir em áreas com baixo índice de Área Bruta Locável (ABL).
Na fronteira entre os municípios de Mesquita, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo e de bairros do Rio de Janeiro, como Pavuna e Queimados, o Shopping Dutra alcançaria um público potencial de 2 milhões de habitantes em um raio de 8 km.
"O projeto é colocar o Shopping Dutra entre os quatro maiores do Estado, o primeiro na Baixada. Por isso criamos um projeto muito ancorado, com as principais redes, já na primeira etapa e com uma das maiores praças de alimentação do Estado, com 48 restaurantes", diz.
A expectativa do executivo é que 18 milhões de pessoas circulem por ano no novo empreendimento. A construtora não considera os outros shoppings no entorno - Grande Rio e Top Shopping - como concorrentes diretos, mas mira dois dos três maiores shoppings do Estado: o Norte Shopping e o Nova América. Ambos estão ao lado da linha Amarela, que se liga à linha Vermelha e chega à Baixada, atraindo o consumidor daquela área. O Barra Shopping é outro concorrente. Embora mais distante - está a uns 50 minutos da Baixada -, conta com o apelo que a Barra tem para o público da região.
Cavalcante está atento a lojistas de rua. Mas uma vantagem sobre eles, avalia o executivo, seria oferecer entretenimento. Não à toa, ele incluiu no projeto do Shopping novo 15 salas de cinemas e uma praça de alimentação aberta nos moldes das que já existem nos dois concorrentes da Zona Norte.
"Nova Iguaçu tem comércio de rua fortíssimo, mas não tem estacionamento nem entretenimento. Nossa estratégia é vencer pelo conforto", diz Cavalcante. O projeto do shopping inclui 3.300 vagas de estacionamento.
"Estamos levando um conceito inédito na região", diz.
Fonte: Valor Econômico (SP), 22 de novembro de 2013