Os números foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e elaborados pela SPTrans (São Paulo Transporte). Segundo os dados relativos apenas ao sistema de ônibus, a estimativa de perda de receita mensal com o programa é de R$ 33,1 milhões. Desse valor, R$ 18,9 milhões serão com viagens realizadas aos sábados e domingos.
Nos domingos, a média de ônibus circulando na capital é de 6.000, menos da metade do que circula nos dias úteis (13 mil). A prefeitura afirmou, porém, que não pretende aumentar a frota por causa da ociosidade do sistema fora dos dias úteis e horários de pico.
Ganho
Como recebem por passageiro transportado, sem ter de necessariamente colocar mais ônibus nas ruas por causa da frota ociosa, o novo modelo é de lucro garantido para as empresas. Para a mudança, porém, o investimento inclui gasto de R$ 950 mil em softwares do sistema central e validadores. Além disso, os chips dos cartões mensais são mais caros, passando de R$ 1 para R$ 1,76 por unidade. A prefeitura, porém, não deixou claro se são os empresários ou o município quem vai pagar a conta.
A administração municipal aposta que os empregadores aceitarão pagar um pouco mais para trocar o vale-transporte dos funcionários pelo novo bilhete. As empresas, no entanto, têm apenas a obrigação de custear o transporte de seus empregados de casa para o trabalho e vice-versa.
Fonte: O Estado de São Paulo, 24 de novembro de 2013