Para chegar ao resultado que traria mais melhoria, foi analisado o impacto de cada mudança na redução da lentidão e no ganho de velocidade nas principais vias.
O estudo concluiu que o cenário mais vantajoso é manter o esquema de proibir dois finais de placa por dia, mas incluir na área proibida grandes avenidas que ficam fora do perímetro de 150 km² do centro expandido.
São avenidas como a Aricanduva (zona leste), Eliseu de Almeida (oeste), Inajar de Souza (norte) ou Washington Luís (sul), por exemplo.
Pelo estudo, seriam mais 240 km lineares de restrição. "Ou seja, o campo de vigência, a capilaridade do rodízio seria maior", diz a CET.
Com a medida, o ganho na velocidade média do trânsito seria de 15%, passando de 17,3 km/h para 20 km/h, enquanto o índice de congestionamento cairia até 20%.
Considerando apenas os 240 km de avenidas, a velocidade média aumentaria 21% (passando de 13,5 km/h para 16,4 km/h) e a lentidão cairia aproximadamente 11%.
A CET considera que essa ampliação dobraria a eficiência do rodízio, usando no cálculo variáveis como o tempo que o motorista trafega sem lentidão, a frota de veículos e a demanda por viagens.
Mito
A CET diz que as simulações derrubaram o "mito sustentado pelo senso comum de que aumentar o número de dias proibidos à circulação é a melhor saída para diminuir o sufoco no trânsito".
Isso porque, ao aumentar os finais de placas proibidos em cada dia da semana - passando de dois para quatro -, a melhoria do trânsito foi bem menor do que a ampliação geográfica da restrição.
"Embora as lentidões possam ser menores com quatro finais de placas proibidos, este tipo de rodízio tem um grau de desconforto muito maior para os usuários, na medida em que mais pessoas deixam de realizar viagens", diz a CET. No entendimento da companhia, o prejuízo é maior do que o benefício.
Mas a gestão Fernando Haddad diz que só vai aumentar o rodízio de veículos quando a oferta de transporte público for maior.
Fonte: Folha de S. Paulo, 23 de maio de 2013