O problema, segundo Haddad, estaria no modo "caótico" como a cidade foi ocupada. O prefeito entende que o momento é oportuno para rever a legislação e estimular a distribuição dos trabalhos por São Paulo. "Estamos dando os últimos retoques numa lei que vai desonerar tributos como o IPTU na periferia." Com menos impostos, o prefeito espera que empresários optem por operar nessas regiões, criando vagas fora do centro. Haddad também disse que pretende voltar a investir em transporte. De acordo com ele, a capital possui os mesmos 126 km de corredores de ônibus de dez anos atrás.
O chefe de gabinete da SPTrans, Ciro Biderman, já tem uma visão diferente. Para ele, SP favorece os carros, o que deve mudar. Além disso, na visão dele, a capital deveria transformar os corredores de ônibus em um sistema BRT. O BRT é diferente do sistema comum porque os passageiros embarcam no nível do ônibus e pagam pela passagem na estação. Para Binderman, esse modelo traz "alta qualidade de transporte, com velocidade e uma parcela do custo do metrô". Para ele, o BRT seria uma opção que contribuiria para diminuir o número de carros. Em relação ao metrô, seu problema, na visão de Binderman, é que o custo é muito elevado, o que o torna inviável. Para manter os trens, seria preciso de uma demanda muito alta, e mesmo assim, o sistema é "inflexível". Portanto, segundo ele, "a melhor, mais barata, mais factível solução para SP é transformar os corredores de ônibus em BRT".
Fonte: jornal DCI (SP), 24 de maio de 2013