Em frente ao metrô, as lojas fazem referência à estação - afinal é o movimento trazido por ela que garante as vendas. "Sem a estação eu acho que não viraria do jeito que está virando", comenta o comerciante Cândido Alves das Chagas.
A ampliação do transporte também mudou a cara do Ipiranga. Odoclécio Leão, que mora no bairro desde criança, assistiu a transformação e conta: "Vocês vêm que o bairro ganha muito com isso, dá um visual diferente, e o que acontece ao entorno com o metrô que é a reforma das casas, a pavimentação, a beleza que trouxe para o bairro, os benefícios que traz além do comércio forte".
A enorme estrutura amarela, o Expresso Tiradentes, também encurtou distâncias. A via expressa liga o Terminal Parque Dom Pedro, na região central, ao Sacomã e à Vila Prudente. Mas quem vive do comércio diz que a facilidade de acesso aumentou a insegurança.
Segundo dados do Infocrim, os registros policiais na delegacia do bairro apontam crescimento dos roubos e dos furtos de veículos de 2011 para 2012. Os roubos aumentaram 21% e os furtos de veículos 31%.
"Isso também prejudica a comunidade nossa. Mas, isso é consequência do crescimento do nosso bairro, da situação do nosso país hoje", afirma o diretor da Associação Comercial do Ipiranga, Sérgio Yamada.
Crescimento que ninguém quer que volte atrás. "A gente só vive em função do metrô, corda e caçamba", finaliza o dono do estacionamento, Alcides José Hansen.
Fonte: portal G1, 25 de maio de 2013