A solução para essa situação vivida na cidade hoje precisa ser tão grandiosa e revolucionária quanto é o problema do trânsito. Pensando nisso, o diretor de inovação da Datora Telecom, Daniel Tibor Fuchs, desenvolve há alguns anos o projeto de uma cidade com carros que, dotados de sistema de bordo de altíssima tecnologia, permitiriam que os motoristas se tornassem apenas passageiros. Na visão de Fuchs, a viabilização da São Paulo Driverless aconteceria em duas décadas, até 2030. Segundo Fuchs, a fase preliminar duraria até 2020, o ano da Expo São Paulo 2020, quando todos os veículos se tornariam DriverAssisted. Ou seja, ainda teríamos os carros atuais, mas com eletrônica suficiente para que o veículo reconhecesse outros carros e também pedestres, reduzindo dramaticamente a quantidade de colisões e acidentes.
A grande vantagem desta primeira fase, com o sistema anticolisão, é uma considerável redução do trânsito. Isso ocorrerá devido ao fato de os fabricantes e designers possuírem mais liberdade para criação de novos modelos de veículos com formatos e tamanhos diferentes, já que o sistema evita colisões entre todos os tipos de automóveis, sejam eles de grande porte ou até mesmo motos e bicicletas. Inicialmente, a projeção para a redução do trânsito na cidade é de 40%. Depois disto, uma nova fase se iniciaria, com duração de 10 anos, permitindo a coexistência entre veículos DriverAssisted e Driverless e adaptando cada vez mais os da primeira categoria para a tecnologia Driverless completa. Desta forma, mesmo que não haja alteração no tamanho dos veículos, a simples integração deles e a escolha de um caminho centralizado já levariam a uma redução de 30% no trânsito. A implantação total do sistema Driverless pode diminuir em até 80% o trânsito das grandes cidades.
Segundo as estimativas do executivo, levando em conta a situação atual do trânsito no Brasil, a tecnologia seria capaz de reduzir em aproximadamente 95% os acidentes.
Fonte: DCI (SP), 01 de novembro de 2013