Mas a medida também representa corte de gastos da ordem de R$ 4,5 milhões por ano, em um momento em que a saúde financeira da prefeitura se encontra em situação crítica - e ameaça o cumprimento das promessas da gestão Fernando Haddad.
O contrato do serviço foi assinado em 2011, prevendo aparelhos, rede de transmissão e manutenção por dois anos. Ele venceu dia 18, não foi renovado, e os 808 aparelhos começaram a ser removidos.
O fim dos rádios não é a única tentativa de economia da CET. Em março, a empresa reconheceu enfrentar "situação precária" e pediu doações de TVs, mesas e cadeiras pelo "Diário Oficial".
Palmtop
A CET afirma que não haverá prejuízo ao trânsito, pois os agentes continuarão usando um computador de mão que permite enviar dados de ocorrências e também funciona como telefone celular.
A empresa diz que eram feitos, em média, dois contatos via rádio com a central por dia. Já os palmtops transmitem 16 mil informações e fazem mil ligações diárias.
Os aparelhos, semelhantes a palmtops, são usados desde 2005, mas recebem críticas de marronzinhos.
Eles dizem que algumas baterias acabam antes do expediente e que, quando o sinal é fraco, não conseguem nem enviar dados nem falar com a central.
Em nota, a companhia afirma que "a área de cobertura contratada em 2011 difere das necessidades atuais, uma vez que a distribuição das equipes e raio de abrangência do monitoramento de trânsito foram alterados e ampliados".
Apesar de aposentar os rádios fixos, a CET ainda mantém um sistema de rádio digital, fornecido pela Motorola, para uso dos agentes na rua. A companhia também estuda adotar novos equipamentos, como rádios portáteis e um sistema de localização via GPS mais preciso que o atual.
Fonte: Folha de S. Paulo, 20 de julho de 2013