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Com a piora dos congestionamentos no último ano e a recente expansão de faixas exclusivas de ônibus em São Paulo, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) já admite a ampliação do rodízio de veículos ainda em 2013, destaca a Folha.
O plano estudado pela gestão Fernando Haddad é incluir na restrição 240 km de vias de fora do centro expandido que hoje têm tráfego liberado. Por exemplo, avenidas como a Aricanduva (zona leste), Eliseu de Almeida (oeste), Inajar de Souza (norte) e Washington Luís (sul).
A CET considera a possibilidade de uma ampliação experimental da área do rodízio daqui a dois ou três meses. Seria a primeira desde que ela entrou em vigor, em 1997.
O diretor de planejamento da companhia, Tadeu Leite Duarte, reconhece que os protestos pedindo mais qualidade no transporte coletivo também favorecem o clima para mais restrição aos carros.
Ele afirma que, assim que for verificada melhoria na velocidade dos ônibus, os motoristas terão a opção de deixar seus carros em casa.
Esse aumento da fluidez do transporte coletivo é esperado devido ao aumento das faixas exclusivas para ônibus. Já foram implantadas neste ano mais de 80 km - haverá outros 140 km até dezembro.
A CET também cita a ampliação dos radares como um requisito para ampliar a restrição. Os novos, com mais funções, já estão em licitação e devem operar a partir do segundo semestre. Sem fiscalização, afirma, seria inócuo.
Duarte diz que a inclusão de novas vias no rodízio poderá ocorrer aos poucos, uma de cada vez. "O mais correto é pensar no ano que vem, de uma forma a atingir várias regiões da cidade. Mas, em setembro ou outubro, em algum local já pode acontecer, de uma forma experimental."
Especialistas são céticos à ampliação do rodízio. Segundo o consultor Horácio Figueira, o efeito será de curto prazo. "Se a via principal for restrita, vão migrar para as paralelas e travar o bairro."
Velocidade
Um estudo feito anualmente pela CET para avaliar os efeitos do rodízio mostra que, apesar de a medida ainda ser importante, já se aproxima do esgotamento.
Os dados apontam que a obediência à restrição se manteve alta em 2012 - 90% de manhã e 84% à tarde, os mesmo índices do ano anterior.
Além disso, caiu ao menor nível histórico o índice de motoristas que antecipam ou atrasam suas viagens para escapar dos horários de restrição.
Para Duarte, o motivo mais provável para o fenômeno é que mais pessoas estão morando e trabalhando em áreas fora do centro expandido.
Apesar do amplo respeito ao rodízio, os índices de congestionamento, após queda em anos anteriores, voltaram a subir no ano passado.
A velocidade média dos veículos nos principais corredores, por exemplo, caiu 12% em relação a 2011.
Pela manhã, de 26 km/h para 23 km/h, pior marca desde 2006. No pico da tarde, de 17 km/h para 15 km/h - voltando ao patamar de 2008.
Para a CET, a razão da piora é o aumento da frota.
Fonte: Folha de S. Paulo, 23 de julho de 2013

Categoria: Geral


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