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A avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na zona leste, sempre foi referência no comércio de automóveis. Até há quatro anos, aproximadamente, concessionárias e lojas do segmento se enfileiravam pela via, principalmente na região da Vila Prudente. Hoje, no entanto, o perfil da avenida está mudando, e cada vez mais as placas dos nomes das empresas estão sendo substituídas por outras, de aluga-se. E a mudança não se restringe às lojas de automóveis, aponta o Diário do comércio.
Os principais motivos da debandada dos empresários são os transtornos causados pelas obras de construção do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, que ligará a Vila Prudente à Cidade Tiradentes. O trânsito carregado, consequência das obras no canteiro central, e as alterações viárias na região dificultam a chegada de clientes. Além disso, a poluição causada pelos caminhões a caminho da rodovia Anchieta e as recorrentes enchentes na avenida contribuem para o cenário.
Somente no trecho entre as ruas Taberoé e Torquato Tasso, de aproximadamente um quilômetro, cerca de 20 empresas já fecharam as portas. Um dos "sobreviventes" é o empresário Marcelo Rossi, proprietário de uma loja de motos há 13 anos na Anhaia Mello. Desde o inicio das obras do monotrilho, no final de 2009, suas vendas caíram cerca de 80%.
Atraso
Os constantes atrasos no cronograma de obras são duramente criticados pelo empresário, que aponta falta de planejamento da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Até três meses atrás, a previsão era de que o trecho inicial do monotrilho ? 2,4 km entre as estações Vila Prudente e Oratório ? entrasse em funcionamento até o final deste ano. Agora, o prazo foi adiado para 2014. Quando o então governador José Serra anunciou o início dos trabalhos na avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello, a previsão era de que o mesmo trecho seria inaugurado no final de 2010.
Locação
Não são somente os comerciantes da avenida que estão arcando com prejuízos em razão das obras do monotrilho. Segundo um corretor de imóveis que preferiu não se identificar, o segmento de locação na Anhaia Mello está praticamente estagnado.
Para o superintendente da Distrital Mooca da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Francisco Antonio Parisi, uma das alternativas para os comerciantes minimizarem, por hora, os prejuízos é a adoção de promoções e descontos, principalmente aos finais de semana, quando o tráfego na região não é tão carregado. "Durante o período de obras, os inquilinos também podem tentar negociar os valores dos aluguéis de forma a não ter reajuste. É uma questão de conversar com os proprietários", concluiu o dirigente.
Fonte: Diário do Comércio (SP), 20 de julho de 2013

Categoria: Cidade


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