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Um estudo feito pela Fundação Getulio Vargas mostra que o tempo que as pessoas gastam paradas no trânsito paulistano (cerca de 1h30 por dia) implica desperdício de cerca de aproximadamente de R$ 30 bilhões em produtividade. Outros R$ 10 bilhões são gastos em tratamentos de doenças relacionadas ao estresse, um problema que é agravado pelo trânsito caótico da cidade de São Paulo. Uma das alternativas para acabar com o excesso de veículos na cidade, de acordo com alguns especialistas brasileiros, seria a implantação do pedágio urbano. Uma taxa cobrada aos motoristas que acessam a zona central da cidade, o que acabaria reduzindo o número de veículos no centro, explica o DCI.
A capital de Londres foi uma das primeiras cidades a adotar este modelo. O sistema funciona bem e custa R$ 36 por carro. E, de acordo com os especialistas, o valor seria de R$ 10 para São Paulo. Desde a implementação na capital britânica, em 2003, apesar de uma redução de 20% do tráfego na região central, os resultados são questionados devido ao impacto ambiental e à piora de algumas condições geradas fora da zona central limitada do pedágio. No caso de São Paulo, uma metrópole de um país em desenvolvimento, o impacto poderá ser maior. A prefeitura vem promovendo debates constantemente sobre o tema, e uma das medidas adotadas neste ano pelo governo municipal foi a criação de faixas exclusivas para o ônibus do transporte público, beneficiando a população que depende mais deste tipo de serviço. Nesse sistema de pedágio, quando um motorista entra em uma via ele provoca aumento no tempo médio de percurso dos demais motoristas.
O problema dessa medida é que o custo gerado por este aumento não é cobrado, o que acaba criando uma espécie de "falha de mercado". Se esse valor fosse cobrado ao motorista, o valor de tráfego seria menor e os preços igualariam os custos e o equilíbrio ideal se restabeleceria. Em função dessas desigualdades na distribuição dos custos, poucas cidades implantaram o pedágio urbano por razões técnicas e econômicas.
Fonte: jornal DCI (SP), 28 de outubro de 2013

Categoria: Geral


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