Neste ano, o Estado apurou que, pelos cálculos da administração municipal, o subsídio ao transporte público deve fechar em cerca de R$ 1,2 bilhão. A gestão anterior havia previsto para a área neste ano R$ 660 milhões, mas o valor estava subestimado, uma vez que a gestão Gilberto Kassab havia gasto R$ 980 milhões com subsídios em 2012.
Após Haddad rever o aumento da passagem, de R$ 3,20 para R$ 3, houve necessidade de aumento do subsídio. A redução da tarifa foi anunciada no dia 19 de junho, após uma série de manifestações públicas pelo País lideradas pelo Movimento Passe Livre (MPL). Na ocasião, o prefeito e o governador Geraldo Alckmin se reuniram no Palácio dos Bandeirantes e, juntos, baixaram as tarifas de ônibus, metrô e trens.
O valor disponível para a Secretaria Municipal de Transportes para este ano é de R$ 2,5 bilhões. O previsto para o próximo ano será de R$ 4,2 bilhões. Estão previstos ainda investimentos de R$ 1,5 bilhão na construção de corredores, principalmente com recursos federais por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
No próximo ano, a área de mobilidade terá um investimento total de R$ 2,1 bilhões. A maioria dos recursos vai para a construção de novos corredores de ônibus e intervenções viárias. Haddad subiu a meta de implementação de corredores de ônibus de 160 km para 220 km. Até o fim de sua gestão, em 2016, o prefeito também quer modernizar os semáforos, para evitar as falhas principalmente em dias de chuva.
Em julho deste ano, após a onda de protestos, a presidente Dilma Rousseff anunciou a destinação de R$ 8 bilhões à capital paulista para mobilidade urbana e drenagem, que inclui obras antienchente.
Pelo Plano Plurianual (PPA) 2014-2017, divulgado ontem pela Prefeitura, 32,1% dos investimentos serão destinados para a mobilidade urbana.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 1º de outubro de 2013