?Eles vêm pra cima da gente, é um sufoco. Vim com minha mãe e tive de pagar R$ 30?, contou uma farmacêutica de 50 anos. Ela pagou bem mais caro que outro motorista. ?A gente fica acuado em não pagar o que os flanelinhas pedem. Tive de desembolsar R$ 10 para um guardador?, contou um assistente administrativo.
O rosário de reclamações é grande: ?É um absurdo porque fica mais caro que em estacionamento particular. E se a gente não paga corre o risco de encontrar o carro riscado ou amassado quando voltar?, disse a auxiliar de produção Telma Munarolo Zampieri.
Para os motoristas ouvidos pela reportagem do Jornal Bom Dia, o que falta na cidade é fiscalização, pois os flanelinhas são sempre os mesmos. ?Se tivesse uma viatura frequente nessas áreas esses flanelinhas não agiriam livremente dessa forma?, concluiu o assistente.
Crime
No Brasil, a profissão é aceita legalmente somente nas cidades de Belo Horizonte e Brasília, onde o trabalho só é remunerado mediante consentimento do motorista. Por isso, quando alguém é flagrado atuando como flanelinha, de acordo com a lei brasileira, pode constituir uma contravenção - exercício ilegal de profissão - ou mesmo um crime, se associado à prática de extorsão, formação de quadrilha ou loteamento de espaço público. A pena pode ser de 3 meses a 1 ano de prisão.
Fonte: Jornal Bom Dia ? Jundiaí (SP), 29 de setembro de 2013