Parking News

Você conhece ou já ouvir falar do termo motorista-fantasma? Trata-se de um neologismo, usado no exterior, para indicar alguém ao volante que, por distração, cansaço, sonolência, má visibilidade, traçado complicado da via, placa danificada/vandalizada ou simplesmente barbeiragem, entrou na contramão de uma rua, avenida, estrada ou autoestrada, explica reportagem do UOL Carros.
É uma das situações de maior risco para a segurança do trânsito. Preocupa até países com grande tradição automotiva, mesmo que tenham desenvolvido boas autoescolas, exames de habilitação dos mais rigorosos e baixa tolerância às infrações.
Dois veículos, ao bater de frente (um deles conduzido de forma correta, em sua mão de direção), geram energia cinética fabulosa e quase sempre fatal aos ocupantes. Uma colisão com cada carro a apenas 40 km/h equivale, dependendo das massas envolvidas, a uma batida frontal a 80 km/h contra uma barreira fixa. Para ter uma ideia, os testes de colisão com bonecos antropométricos, aplicados por institutos especializados (como os do padrão NCAP) e pelos próprios fabricantes (testes privados), são executados à velocidade de 64 km/h.
Em um período de três meses, 25 pessoas morreram na Alemanha depois que as autoridades passaram a monitorar com mais rigor esse tipo de acidente. No entanto, o problema é maior. O Ministério de Transportes alemão estima cerca de 1.700 avisos por ano sobre motoristas-fantasmas emitidos por rádios FM dedicadas, muito comuns nas estradas por lá. O Automóvel Clube da Alemanha contabiliza um total de 2.800 invasões na contramão, embora na maioria das vezes não se transformem em tragédia.
Olho eletrônico
Parte desse problema começa a ser amenizado com a evolução do recurso chamado Assistente a Placas de Trânsito. Modelos de preço elevado já reproduzem no quadro de instrumentos as indicações de velocidade máxima em ruas e estradas, além de placas de ultrapassagem proibida. Os dois mais caros da Mercedes-Benz, lançados este ano, a reestilização do Classe E e o novo Classe S, agora incluem sinalização de grande relevância, a de contramão.
Funciona por meio de uma câmera colocada na parte interna do para-brisa, atrás do espelho retrovisor. Ela identifica os sinais de contramão e envia a informação aos computadores de bordo que os processa e reproduz no centro do quadro de instrumentos. Se detectar que o veículo está prestes a entrar na zona de mão proibida e vai invadir a via, o sistema adverte o motorista com três bipes altos e acende um sinal de contramão piscante no mostrador principal.
A fim de melhorar a confiabilidade do assistente eletrônico, um computador compara os dados da câmera com o da navegação GPS. Se há problema de visibilidade - tempestade de neve, neblina ou temporal, por exemplo -, é gerado um aviso ao motorista que o sistema está temporariamente indisponível.
Fonte: UOL Carros, 30 de julho de 2013

Categoria: Geral


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