Para o conselheiro do CAU/SP e arquiteto Victor Chinaglia, é preciso que a sociedade civil discuta outras questões ligadas à mobilidade, além do preço da passagem. "O investimento, mais uma vez, está vindo sem planejamento e sem orientação correta de fluxo e possibilidades de transporte coletivo. Não podemos ficar reféns do transporte de diesel, de ônibus. A cidade tem que começar a discutir outros tipos de mobilidade, além do preço da passagem, como também a questão tecnológica".
Ciclovias
Apesar de não ter sido mencionado o investimento em ciclovias, o plano de metas da cidade estabelece a implantação de uma rede com 400km de ciclovias e ciclofaixas até 2016, que seriam integradas aos corredores de ônibus. Para o arquiteto e conselheiro do CAU/SP Victor Chinaglia, a bicicleta não seria uma alternativa de transporte para o morador de regiões afastadas do centro. "O ideal seria que o trabalhador pudesse ir a pé e que houvesse ofertas de empregos na periferia, assim como na região central." Ele reitera ainda que os recursos seriam mais bem investidos se utilizados para aumentar a rede de transporte sobre trilhos, de energia limpa, como a elétrica. "Os corredores são apenas uma forma de interligar as áreas mais afastadas ao centro cidade. O problema de mobilidade não se resolve apenas com a liberação de recursos públicos para a construção de corredores de ônibus a diesel", diz. Nos últimos dois meses, o CAU/SP promoveu discussões sobre mobilidade que envolveram cerca de 150 cidades.
Fonte: jornal DCI (SP), 2 de agosto de 2013