"Daremos 20 dias para o consórcio (responsável pela administração do estádio) estudar as mudanças. Hoje, (o futuro da concessão) está em suspenso", afirmou Cabral.
Na segunda-feira, o próprio governador já havia informado que o Parque Aquático Julio Delamare não seria mais demolido. Na manhã do dia 2, após reunião com a Farj (Federação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro) e a Complexo Maracanã Entretenimento S.A., o cancelamento da derrubada do Célio de Barros também foi confirmado.
Os dois equipamentos dariam espaço a lojas, museus e outras estruturas que seriam construídas pela Complexo Maracanã. A concessionária exploraria os novos espaços e ganharia dinheiro com eles. Com a mudança, não há garantia de que o Maracanã é rentável.
O governo deu 20 dias para a Complexo Maracanã se pronunciar sobre o assunto. Caso a empresa queira, o Maracanã pode ser devolvido ao Estado.
Antes de as demolições do Julio Delamare e do Célio de Barros serem canceladas, Borba já havia dito que não esperava administrar o Maracanã sem os estacionamentos e lojas projetados. A construção desses espaços, inclusive, estava na lista de obras obrigatórias do edital de concessão do Maracanã.
Na entrevista coletiva, Cabral afirmou que o cancelamento da derrubada do estádio de atletismo e do parque aquático foram motivadas por solicitações de atletas, federações, Justiça e Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Após defender por meses a demolição dos espaços, Cabral disse que seu governo não vai se opor a uma decisão judicial nem a um clamor da sociedade.
Segundo ele, os dois equipamentos esportivos continuarão sendo administrados pelo Estado. No caso do Julio Delamare, a reabertura para população deve ocorrer em breve, disse Cabral. Já o Celio de Barros deve demorar cerca de oito meses para voltar a receber atletas por causa de obras.
Fonte: UOL, 2 de agosto de 2013