Este ano, os livros de autoajuda foram lançados às centenas, muitos palestrantes se especializaram em sugerir saídas para a crise, para obter sucesso nas empresas, conseguir a eficiência na gestão dos negócios, ter uma equipe coesa, valorizar os funcionários sem aumentar salários... Em resumo: mil e uma receitas para fazer a tal limonada com os limões trazidos pela crise, e continuar lucrando com as empresas...
Na prática, porém, a teoria é bem outra. Neste final de ano não temos muito que comemorar, pois as dificuldades foram muitas e sobreviver foi a tônica entre as empresas.
A movimentação política foi bastante ampla no País e a mudança de poder deve trazer, paulatinamente, as mudanças econômicas necessárias para voltarmos a crescer. Também houve mudanças importantes quanto à mobilidade, com novos aplicativos sendo criados, novas maneiras de se locomover nas cidades, com uma geração que chega com novos hábitos e, ao final, tira clientes dos estacionamentos. Você, que acompanha nossa newsletter, sabe as consequências disso tudo para o setor, mas sabe também que de Norte a Sul cresce a necessidade de se criar mais espaço para os carros estacionarem. A expansão e a modernização do estacionamento rotativo em cidades de todos os portes, também noticiadas e analisadas em nosso informativo, comprovam esse fato.
A exemplo de nossos associados, porém, não fugimos da raia e encaramos os problemas. Citamos aqui entre as ações positivas para nossa atividade nas quais tivemos participação as alterações na Lei de Zoneamento e a liminar conseguida pela Abrasce com relação à lei de fracionamento, além, claro, da extensa lista de serviços com que continuamos apoiando as empresas em sua gestão. Muitas já estão conscientes de que, em tempos de crise, o melhor caminho é fortalecer as parcerias e usufruir das ações que a entidade oferece, porque dessa maneira a sua contribuição não será “cara”. Aqui, faço uma analogia com um clube do qual você possui um título, paga mensalidade, mas não frequenta... Então, ele é “caro”. Mas, ao contrário, se você usufrui de sua estrutura, então o retorno do seu investimento é “barato”.
Talvez os especialistas em limonada digam que é preciso fazer o problema virar solução, mas acreditamos que o melhor mesmo é acompanhar as mudanças, as inovações, adquirir conhecimento, estar bem informado e ter o suporte de entidades que reúnam pessoas dispostas a mudar, a concretizar parcerias, adaptando-se a novas exigências do mercado. Quer dizer, mudar a atitude, lutar e sobreviver.
Limonada é bom, mas bem doce e gelada, para beber em boa companhia.
Um forte abraço, Boas Festas e um Ano Novo melhor do que este que finda!
Marcelo Gait