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Inaugurada dia 15 de setembro, a Estação Luz da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo deve ganhar uma faculdade, um shopping ou um hotel nos próximos anos. A intenção da concessionária ViaQuatro, responsável pela linha, é firmar uma parceria com um empreendedor privado e montar o negócio no terreno ao lado da praça sobre a parada, para gerar "receitas acessórias". Existem outras iniciativas parecidas como essa para a Linha 4. Um shopping center está sendo construído em uma área vizinha à Estação Faria Lima e outro poderá ser erguido no terreno da futura Estação Vila Sônia, ambas na zona oeste. Esses imóveis atrairão ainda mais pessoas para o ramal, que transportará 700 mil passageiros por dia a partir do ano que vem. Hoje, são quase 210 mil, informa o Jornal da Tarde.
Segundo Luís Valença, presidente da ViaQuatro, os estudos preliminares apontam que o melhor uso para o empreendimento da Luz é o do ensino superior, "por servir melhor a sociedade". "A construção vai ser vertical." Ele diz que o prédio será conectado à estação de metrô e ajudará a revitalizar a área, degradada. Ele ocupará um espaço de 6 mil metros quadrados e poderá englobar um pequeno trecho da praça. Assim como no caso da Luz, o centro comercial em construção na Avenida Faria Lima, na esquina com a Rua Teodoro Sampaio, se ligará à estação. "As pessoas não vão precisar sair do shopping para chegar ao metrô", afirma Valença. Diferente dos outros dois projetos, este terreno não é da ViaQuatro.
Para o arquiteto e urbanista Cândido Malta, da Universidade de São Paulo (USP), a medida é positiva. "Vai atrair mais gente para a linha, mas isso é bom. São Paulo seria melhor se as linhas de metrô tivessem sido adensadas desde o início, para permitir uma mescla de usos." Segundo ele, polos de serviços ou de educação, com acesso facilitado por meios de transporte de alta capacidade, caso do metrô, induzem as pessoas a recorrer menos ao carro.
Fonte: Jornal da Tarde (SP), 15 de setembro de 2011

Categoria: Cidade


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