"A demanda grande (pelo transporte ferroviário) requer alta e média capacidade de transporte, o que faz as cidades se estruturarem. E contribui para reduzir os níveis de poluição e de doenças respiratórias", diz Baião.
A movimentação no metrô e nos trens urbanos de São Paulo também apresentou forte elevação no período de 2000 a 2010: no metrô, a quantidade de passageiros cresceu de 2 milhões por dia para cerca de 4 milhões; nos trens, o aumento foi de 800 mil por dia para 2,5 milhões.
O aumento das linhas e estações no país, no entanto, não é sinônimo de maior conforto para os passageiros. O metrô e os trens urbanos de São Paulo, por exemplo, vêm batendo recordes de lotação. Em 12 de agosto, o metrô atingiu a marca de 4,1 milhões de passageiros transportados em um único dia, a maior quantidade já registrada. No dia 6 de setembro, foi a vez dos trens urbanos: 2,5 milhões de passageiros em um único dia.
"O setor ferroviário não vai solucionar sozinho o problema de transporte das grandes cidades. Nós precisamos nos aliar também aos planejadores urbanos. Se a lógica da cidade vai ser fazer moradia cada vez mais distante e deixar os setores econômicos que geram emprego no centro da cidade, nós vamos enxugar gelo", ressalta o presidente do Metrô de São Paulo, Sergio Avalleda.
Fonte: Agência Brasil, 14 de setembro de 2011