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O movimento nas estradas medido pelo índice ABCR avançou 1,7% em julho na comparação com o mês imediatamente anterior, considerando dados dessazonalizados. O volume foi puxado pela alta de veículos leves, já que o número de pesados ficou estável na mesma base de comparação. O índice leva em conta somente estradas pedagiadas e é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria, explica o Valor.
Os veículos leves, que incluem automóveis de passeio, registraram elevação de 2% em relação a junho, em termos dessazonalizados.
Para o economista Rafael Bacciotti, da Tendências, o fluxo das unidades leves teve desempenho forte em consequência do mercado de trabalho. "A renda e o emprego ainda se mostraram favoráveis e tiveram impacto positivo sobre o resultado", afirmou o economista em análise divulgada pela ABCR.
Ele ressalta, porém, que já se prevê um processo de desaceleração. "Os últimos dados do emprego formal indicam que teremos alguma acomodação daqui em diante, consequência do arrefecimento no ritmo de crescimento do país. Isso deve refletir nos salários e no movimento dos leves", aponta o texto.
Já o crescimento nulo do fluxo dos veículos pesados foi causado, diz Bacciotti, pela tendência de estagnação da produção industrial dos últimos meses. Para ele, não há sinais claros de retomada. A Tendências reitera que revisou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para 1,6%.
Na comparação com o mesmo período de 2011, o índice ABCR apresenta sinais mais positivos. O índice geral registrou elevação de 4%. O fluxo de veículos leves cresceu 5,3% e o de pesados avançou 0,7%.
A ABCR informa ainda que incluiu cinco novas concessionárias na contagem do índice, sendo quatro no Estado de São Paulo (CART, Rodovias do Tietê, Rota das Bandeiras e ViaRondon) e uma em Pernambuco (Rota dos Coqueiros).
Fonte: jornal Valor Online, 10 de agosto de 2012

Categoria: Geral


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