O concreto aparente que predomina na Linha 1-Azul - a mais antiga - ganhará tratamento especial, por exemplo. Já o tradicional piso preto de borracha cheio de círculos dará lugar a um material mais nobre, o granito, que atualmente decora plataformas como as da Consolação, na Linha 2-Verde.
Ao todo, 62 mil m² de chão devem receber o novo revestimento. Além da estética, a vantagem dessa troca é que ela poderá trazer ganhos com a iluminação, pois o índice de reflexão de luz do granito é maior que o da plurigoma (nome técnico dado ao revestimento negro).
Segundo uma apresentação feita no mês passado pelo arquiteto do Metrô Edgard Georges El Khouri, essa intervenção, aliada ao uso de "novos e mais econômicos elementos de iluminação", reduzirá o consumo de energia elétrica.
O piso de pedra também é mais resistente.
Calçadas
As calçadas no entorno de parte das estações também serão reformadas, ganhando blocos intertravados. Nesse caso, a estimativa é de que 19 mil m² de calçamentos sejam trocados, incluindo os feitos de mosaico português.
Dentro das paradas, os forros serão substituídos por novas estruturas, similares às que já existem nas estações da Linha 2-Verde sob a Avenida Paulista, como a Trianon-Masp. Cerca de 22 mil m2 de forros serão reformados.
As estações devem ter nova demão de tinta em 360 mil m2 de estruturas de concreto. Por último, também serão trocadas as laterais das coberturas de metal das estações em superfície da Linha 3-Vermelha, como Corinthians-Itaquera.
O Metrô não informou quanto vai gastar nessas obras nem quando elas serão iniciadas. No entanto, a reportagem apurou que os trabalhos devem começar entre o fim deste ano e os primeiros meses de 2013. Mas os trabalhos serão entregues até a Copa, que começa em junho de 2014? O engenheiro José Geraldo Baião, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô (Aeamesp), acredita que sim. "São serviços contratados de empresas terceirizadas, com cronogramas de obras", diz.
Fonte: Jornal da Tarde, 30 de setembro de 2012