Vários ipês já foram plantados no local. "A maioria das plantas do parque é de ipês-roxos, amarelos e brancos", diz Fabio Villas Bôas, diretor executivo técnico da Tecnisa, empresa responsável pelo empreendimento. "Daqui a uns três anos, já teremos uma arborização interessante." Também serão instalados bancos, lixeiras, bebedouros, paraciclos e equipamentos de ginástica para a terceira idade. Tudo está sendo custeado pela própria empresa, que também busca autorização da Prefeitura para cuidar da área por três anos.
Área comum
Villas Bôas diz que a "adoção" do parque foi voluntária. "Tínhamos medo de que, doando para a Prefeitura esse espaço no meio do nosso empreendimento, não houvesse interesse em desenvolver o parque e aí teríamos uma área degradada entre os nossos prédios." Mas a urbanista Maria Lucia Refinetti Martins, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), alerta que, depois de entregue, o local não pode se tornar um espaço privado, apenas para os condomínios. "Se colocarem todos os prédios em volta, pode acabar fechando, apesar de dizerem que é público." Outro ponto que deve ser considerado, segundo a urbanista, é o impacto no trânsito. O executivo Villas Bôas garante que a fluidez na região vai melhorar com as ruas públicas do loteamento. "Haverá uma enorme permeabilidade na região, que não existia antes com o terreno fechado." Ele diz que a Prefeitura construirá uma rotatória sob o viaduto.
Cancelado
Do outro lado da Avenida Marquês de São Vicente deveria haver um parque mais de três vezes maior que o Jardim das Perdizes. Previsto no licenciamento ambiental da Operação Urbana Água Branca, de 1995, ele ocuparia a área pública hoje usada por centros de treinamento do Palmeiras e São Paulo. Em maio, o prefeito Gilberto Kassab cedeu os terrenos por mais 70 anos.
Fonte: O Estado de S Paulo, 28 de setembro de 2012