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Os moradores do Leblon cobram dos órgãos públicos mais atenção para o bairro, que é responsável pela terceira maior arrecadação do Imposto Territorial Urbano (IPTU) do Rio.

De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda (SMF), apenas os prédios residenciais do Leblon a Ipanema garantem mais de R$ 6 milhões aos cofres municipais. 

Carros estacionados em fila dupla, que atrapalham o trânsito, o abandono das praças e a falta de iluminação das ruas são as reclamações mais freqüentes. Os moradores querem também mais segurança e a retirada da população de rua.   

A campeã de abandono é a Praça Nossa Senhora Auxiliadora, que fica em frente a um Ciep, próximo à Avenida Ministro Raul Machado. No local, há mendigos e falta conservação.

Uma das saídas para recuperar o espaço, de acordo com Evelyn Rosenweig, presidente da Câmara Comunitária do Leblon, é oferecer a praça para a adoção por uma empresa.

Evelyn avisa, no entanto, que há outras praças na região que precisam de intervenções, como a Antero de Quental, que é bastante freqüentada.   Uma das principais avenidas do bairro, a Ataulfo de Paiva, está mal iluminada.

Há trechos escuros porque as lâmpadas estão queimadas.   Os problemas não são tão difíceis de ser resolvidos. O que falta, segundo a presidente da Câmara Comunitária do Leblon, é vontade política dos governantes.

Como aconteceu com o caso dos camelôs, que tomavam as calçadas do Leblon até bem pouco tempo. Depois que o trecho entre a Rua Visconde de Albuquerque e o Jardim de Alah passou a ser o pólo comercial oficial do bairro, ganhou o apoio da equipe de Controle Urbano da prefeitura e o número de ambulantes foi reduzido. "Era um problema sério, que foi minimizado", conta a presidente da Câmara Comunitária.  

Como o poder público está ausente, a população se sente à vontade para burlar a lei. Segundo dados da Guarda Municipal, só no mês de abril foram registradas 712 infrações no Leblon, a maioria por estacionamento irregular.  

A presidente da Câmara Comunitária defende uma campanha de educação para os motoristas.   "Não há lugar para estacionar, por isso, as pessoas têm de deixar o carro em casa", apela presidente da Câmara.  

O morador Alberto Siaudzionis admite que os problemas do Leblon não são muito diferentes dos do restante da cidade, só que em proporções menores.    "Felizmente, as ocorrências no Leblon são pontuais", explica Alberto.  

Estacionar, o maior dos problemas
 
A desordem urbana é tema da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara Municipal, que investiga o uso indevido das praias, calçadas, praças e vias da cidade.

Membros da CPI vão visitar, na segunda-feira, focos de desordem urbana denunciados pelos moradores e pela associação do Leblon.

Segundo o levantamento, um dos pontos críticos é o estacionamento na Rua Conde de Bernadote, onde há um movimentado pólo gastronômico.  "As pessoas, por motivo de segurança, não querem ficar longe dos carros e acabam fazendo filas duplas ou colocando o veículo na calçada", conta a presidente da Câmara Comunitária do Leblon, Evelyn Rosenweig.

Evelyn também está preocupada com a atuação dos guardadores de carro. Ela conta que flagrou um deles, cedendo o colete em troca de dinheiro e perdeu a confiança no serviço.  "Ficou fora de controle depois que a prefeitura saiu desse circuito", comenta.  

Fonte: Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), 19 de maio de 2007

 

 

Categoria: Geral


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