Na opinião do autor da lei, o vereador Jooji Hato, o texto saiu sem suas determinações mais importantes. "Espero que o prefeito regulamente a lei da forma mais próxima possível do que aprovamos na Câmara", disse, lembrando que existe a possibilidade de a casa legislativa derrubar o veto de Kassab. "Estou preocupado. Pode acontecer de a regulamentação esvaziar a lei."
O trecho vetado impedia qualquer caminhão de circular pela cidade de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7 às 10 horas e das 17 às 20h. Segundo Hato, o principal ponto de resistência da Prefeitura é aprovar a proibição para a totalidade dos caminhões. "Conversei com Kassab cinco vezes sobre o projeto e em todas elas pedi que ele tirasse todos os caminhões", disse o vereador. "Ele respondeu que está estudando a questão, mas Alexandre (de Moraes, secretário dos Transportes) não foi nada receptivo à idéia."
Para Hato, se for proibido o trânsito de caminhões de acordo com o número final da placa dos veículos, apenas 20% deles sairão de circulação, o que seria insuficiente para melhorar o trânsito. "Se o prefeito estipular como critério as placas com final par ou ímpar, já será menos pior, pois tiraremos 50% dos caminhões das ruas", disse o vereador.
Kassab ainda não definiu detalhes sobre o rodízio de caminhões na cidade, mas já anunciou que ele valerá para a Avenida dos Bandeirantes e marginais do Rio Pinheiros e Tietê. O prefeito prepara agora decretos que delimitem as regras para o rodízio de caminhões e para restringir a circulação de veículos urbanos de carga (VUCs). Segundo a Secretaria dos Transportes, serão esses os três decretos que regulamentarão a lei de autoria de Hato. Por isso, informou a assessoria, o prefeito optou por vetar os trechos aprovados pela Câmara.
Fonte: Maplink, 30 de maio de 2008