Houve aumento da inadimplência em todos os tipos de dívida analisados, com destaque para a não bancária - cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços -, o que puxou a alta do indicador em março, ao subir 9% sobre abril. A contribuição das dívidas não bancárias para o avanço de 6,2% do indicador em maio foi de 3,6 pontos porcentuais.
A inadimplência com os bancos cresceu 3,1% (contribuição de 1,5 ponto porcentual), os títulos protestados apresentaram variação de 14,8% (0,2 ponto porcentual) e os cheques sem fundos subiram 9,2% (0,9 ponto).
O valor médio das dívidas não bancárias passou de R$ 314,74 para R$ 369,72, alta de 17,5%. O valor médio dos cheques sem fundos chegou a R$ 1.457,98 (11,9%), o dos títulos protestados subiu para R$ 1.399,04 (9,3%) e o das dívidas bancárias passou para R$ 1.293,09 (0,1%).
De acordo com a Serasa Experian, o crescente endividamento do consumidor e as compras parceladas para o Dia das Mães foram as principais razões para a alta da inadimplência em maio. Além disso, o mês teve mais dois dias úteis que abril.
Mais crédito
As operações de crédito da carteira total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) deverão crescer 15,9% em 2012 e 15,7% em 2013, segundo a mediana das expectativas de 29 bancos consultados entre 8 e 12 de junho na Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado. Os dados foram divulgados dia 15 pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e mostram queda ante as previsões de abril, que apontavam alta de 16,2% para 2012 e de 16%, para 2013.
As operações de crédito para pessoas físicas com recursos livres, segundo as previsões dos bancos, devem crescer 14,8% em 2012 e 14,7% em 2013. Incluindo consignado, o aumento será de 15,8% em 2012 e 14,8% em 2013. Para as operações de crédito pessoa física para aquisição de veículos, incluindo leasing, as previsões são de alta de 14,6% em 2012 e de 14,7%, em 2013. Em abril, eram de 14,9% para os dois períodos.
Para as pessoas jurídicas, o crédito com recursos livres deverá aumentar 14,8% neste ano, segundo a pesquisa. Para 2013, a previsão é de crescimento de 14,9%.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 16 de junho de 2012