Parking News

O uso do celular ao volante é a quarta infração mais cometida pelos paulistanos no trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) emitiu, no ano passado, 1,6 mil multas diárias a motoristas que falam, digitam mensagens ou acompanham a internet pelos celulares e smartphones. Não há dados nacionais sobre o uso do celular ao dirigir, mas o quadro desenhado pela CET em São Paulo é uma boa amostra do comportamento do motorista nas grandes e médias cidades. Pelas normas de trânsito, quem conversa ao celular, mesmo com fone de ouvido ou pelo sistema de viva-voz, pode ser multado em R$ 85,13 e somar quatro pontos na carteira de habilitação. Num país onde há mais de um telefone móvel por habitante e pelo qual circula uma frota aproximada de 70 milhões de veículos, o hábito de usar o celular ao volante deve ser severamente combatido, afirma O Estado. Segundo especialistas, a prática eleva em 400% os riscos de acidentes.
Como parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito, o Ministério das Cidades, em parceria com o Denatran, criou dois aplicativos para celulares que ajudam o motorista a não transgredir as leis. Um deles, o Onde Tem Táxi Aqui, facilita a obediência à Lei Seca, indicando os pontos e telefones de contato dos taxistas mais próximos de onde se encontra a pessoa que ingeriu álcool.
O Mãos no Volante é outra ferramenta que bloqueia as chamadas para celular enquanto o usuário estiver dirigindo e envia uma mensagem para quem ligou: "Estou dirigindo. Ligo mais tarde". O aplicativo está disponível para aparelhos com o sistema Android e o Ministério procura parceria com outras plataformas. Desde fevereiro, quando passou a ser oferecido nas lojas virtuais, o programa acumula mais de 20 mil downloads. Motoristas de outros países estão usando o aplicativo. A meta do Ministério é chegar a pelo menos 85% dos telefones do tipo smartphone.
Conforme dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o motorista leva até quatro segundos para pegar o telefone e mais cinco para digitar um número. Se estiver trafegando a 50 quilômetros por hora, percorrerá 125 metros distraído. A falta de atenção perdura por mais algum tempo após o aparelho ser desligado, porque o motorista se mantém atento àquilo que foi discutido na conversa. Uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, concluiu que motoristas distraídos pelo celular demoram mais até do que os alcoolizados para reagir diante de um imprevisto. O tempo de reação de quem envia torpedos é retardado em 35%, enquanto o atraso provocado pelo álcool é de 12%.
Dados do Departamento de Trânsito americano mostram que, nos Estados Unidos, 77% dos motoristas admitiram já ter usado o celular ao volante e, segundo estimativas do órgão, mais de 5,8 mil pessoas morreram e 500 mil ficaram feridas em acidentes provocados por distrações - destas, 12% estavam conversando pelo celular.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 16 de junho de 2012

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

A lei de Gerson no trânsito (14/06/2012)

A sem-cerimônia com que agem muitos paulistanos, como se fossem donos das ruas, praticando em seu beneficio atos que são privativos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que por sua vez se omit (...)

Airbag externo, para salvar pedestres (17/06/2012)

Os engenheiros estão bem conscientes de que seres humanos e carros são adversários em situação de desigualdade numa colisão. A diferença, segundo Thomas Broberg, está na sua estrutura. "Carros são dur (...)

Pedágio urbano, o exemplo de Londres (20/06/2012)

Em fevereiro de 2002, um ano antes de o pedágio urbano começar a funcionar em Londres, a velocidade média no centro da cidade era de 14,3 km por hora. Durante boa parte do dia, o tráfego travava e os (...)

JK só espera o Ok (15/06/2012)

O Shopping JK Iguatemi, na esquina da Marginal Pinheiros com a Avenida Juscelino Kubitschek, no bairro do Itaim, Zona Oeste da capital, está prestes a ser inaugurado, agora que a CET (Companhia de Eng (...)


Seja um associado Sindepark