A contratação havia sido barrada pela Justiça ainda em dezembro do ano passado, após notificação do Ministério Público Estadual (MPE) contrária à construção do Terminal Rodoviário da Vila Sônia, na zona oeste, que faz parte do pacote. A alegação da promotoria é de que a rodoviária, rejeitada pela vizinhança, faz parte da Operação Urbana da Vila Sônia, barrada na Justiça por falta de participação popular em seu planejamento.
Na semana passada, a Justiça julgou o mérito da questão e afirmou que a rodoviária não poderá ser construída enquanto não se decidir a questão da operação urbana. A solução encontrada por Haddad foi desmembrar cada obra viária em uma concorrência diferente - dessa maneira, seis dos quinze lotes originais foram retomados pelo prefeito, em despacho publicado no Diário Oficial da Cidade de sábado (1º). Entre eles, estão a construção dos dois trechos do corredor de ônibus da Radial Leste, com 17 km no total, que deve ser construído com estações de embarque do lado de fora dos ônibus. O preço estimado é de R$ 600 milhões. Na zona norte, está prevista a reforma do corredor da Avenida Inajar de Souza, ao custo de cerca de R$ 170 milhões. Além disso, há o novo terminal do Jardim Ângela, na zona sul, e um novo viário na região do Campo Limpo e Vila Sônia, estimados em R$ 600 milhões.
As propostas para todas essas obras serão abertas no dia 20 de fevereiro e o vencedor deve ser anunciado no mês seguinte, quando já devem se iniciar as obras. As concorrências para os outros trechos de corredores de ônibus previstos inicialmente deverão ser retomados ao longo desta semana.
Fonte: O Estado de S. Paulo (SP), 4 de fevereiro de 2013