Bastará passar o cartão no validador, o aparelho que debita o valor da passagem, para a Prefeitura enviar automaticamente ao banco a informação de quantas passagens foram usadas por aquele bilhete em certo período. Podem ser dias, uma semana ou um mês. A medida, porém, deverá funcionar apenas nos corredores de ônibus, que o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, planeja deixar separados do ambiente urbano. Ou seja, a pessoa paga sua viagem ao entrar em uma parada, logo ao sair da calçada, não na catraca, já dentro do veículo. É o que se chama de pré-embarque.
O dono do bilhete escolherá o número de passagens por período, garante o Tatto, que também quer reduzir os pagamentos da tarifa em dinheiro - notas ou moedas - na rede de ônibus. "Hoje, ainda há 8% de dinheiro (sendo empregado) no sistema. Isso é um problema", afirma. Segundo ele, uma parte dos recursos desaparece em evasões.
Outra questão é a segurança, já que a existência de dinheiro no caixa dos coletivos atrai assaltantes. "Não vai poder haver dinheiro nesse sistema. Aí, você bota um esquema de maquininhas (de arrecadação do lado de fora), como existe na Europa." Em Curitiba, isso já é assim.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 2 de fevereiro de 2013