Já está em fase final o processo de licitação para conceder à iniciativa privada a exploração do estacionamento da Cidade Administrativa, localizada no Bairro Serra Verde. A concessão anterior terminou em meados do ano passado e não foi renovada.
Agora, a empresa que vencer o pregão, além de ser remunerada com a cobrança das vagas por fração de tempo ou como horista, diarista e mensalista, também poderá explorar uma loja de conveniência e um centro automotivo no local. Como contrapartida, terá que fazer a manutenção, administração, gerenciamento e operação dos equipamentos.
Para os servidores o estacionamento continuará gratuito.
O contrato terá a vigência de 10 anos. A Cidade Administrativa tem 3.027 vagas para automóveis e 430 para motos, divididas em quatro estacionamentos na área externa dos prédios que abrigam as principais secretarias do estado e o Palácio Tiradentes. Segundo o edital, o número atual de vagas ainda pode ter a capacidade ampliada em 30%, o que daria à concessionária mais cerca de mil vagas. Na justificativa, o estado diz que a concessão não vai gerar ônus para o estado e proporcionará o gerenciamento e operacionalização dos estacionamentos externos da Cidade Administrativa, uma “atividade alheia ao serviço público”. A modalidade da licitação é a de menor preço, ganhando aquele que oferecer um menor custo por hora de estacionamento.
De acordo com o superintendente de logística e operação da Cidade Administrativa, Wellington Leal Pereira, o edital foi lançado para substituir um contrato que venceu no meio do ano passado, pelo qual a Minas Park explorou o estacionamento por cinco anos. “O que estamos incrementando é a possibilidade de o ganhador fazer a exploração de um centro automotivo e de uma loja de conveniência, que eram demandas dos servidores”, explicou o superintendente. Desde o vencimento da concessão anterior, segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão, as vagas não estão sendo cobradas dos visitantes.
Venda
Na semana passada, o governador Fernando Pimentel (PT) indicou que pretende vender a Cidade Administrativa. Segundo o petista, o complexo vale por baixo uns R$ 2 bilhões. Construída no governo Aécio Neves, a sede administrativa do governo custou aos cofres públicos R$ 1,2 bilhão. Pimentel disse que “não há sentido em ter um imobilizado daquele tamanho que nos dá despesa enorme para manter e com o déficit de caixa do tamanho que nós temos hoje”.
Fonte: Estado de Minas - BH - 14/03/2017