"Quando você vê a convenção do condomínio, na especificação do condomínio está dito que cada vaga dá direito a um veículo. Então, teoricamente, quando você para uma moto e um carro dentro de uma vaga, você está parando dois veículos onde está pré-determinado a ser um. Ele está invadindo as áreas comuns de manobra. Com certeza absoluta, ele está dificultando a manobra do seu vizinho", aponta Sérgio Meira de Castro Neto, diretor do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
Em um condomínio, a solução temporária foi reduzir as vagas para carros e abrir espaço para as motos.
Mas tem um detalhe: novas torres serão entregues em breve. Para que os futuros moradores recebam suas vagas de garagem, as motos deverão sair. É dor de cabeça para a síndica Ana Maria de Almeida.
"Vai ser um grande problema, porque o morador não vai querer se desfazer da moto dele. Mesmo porque, com esse trânsito louco de São Paulo, ele usa a moto para o trabalho. Então, nós vamos ter de pensar em uma solução", contou a síndica.
Já há outras motos espalhadas pelo estacionamento. É possível transformar os cantinhos em vagas permanentes para motos. "A primeira medida seria procurar a prefeitura e verificar qual seria a possibilidade de se adequar legalmente às motos naquele empreendimento ou naquele condomínio", afirma Castro Neto.
Outra saída é fazer uma assembleia entre os moradores do prédio e colocar em votação a possibilidade de criar vagas para motos em espaços pouco utilizados do condomínio. Mas a votação a favor precisa ser unânime, ou seja, todos os proprietários precisam concordar com a proposta.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (Rede Globo), 9 de dezembro de 2011