O ano de 2011 fechou com uma média diária de 328 carros incluídos na frota, ante 647 em 2008. Esse movimento de queda, no entanto, não foi proporcional ao das vendas de automóveis novos, que se mantiveram praticamente estáveis na cidade. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a quantidade de unidades comercializadas passou de 283 mil para 276 mil no período.
Como explicar, então, que o número de carros adicionados à frota paulistana tenha caído tanto? A principal hipótese, na visão do engenheiro Horácio Augusto Figueira, especialista em trânsito, é a de que parte dos emplacamentos dos veículos vendidos em São Paulo esteja sendo feita em outras cidades da Região Metropolitana.
"Mas o potencial de congestionamento na capital continua gigantesco, porque esses veículos são usados por quem trabalha aqui e mora em municípios vizinhos." Ele explica que, devido a isso, embora a diminuição do crescimento na cidade seja positiva, ainda tem pouco efeito. Outra agravante é o próprio tamanho da frota, de 5,2 milhões de carros.
Estatísticas do Detran-SP mostram que, ao contrário da capital, outros municípios da Região Metropolitana vêm registrando um maior crescimento de suas frotas de carros ano a ano. Entre 2009 e 2011, a média diária de acréscimo de automóveis em Guarulhos, a segunda maior cidade da região, saltou de 48 para 70.
Em São Bernardo do Campo, o terceiro município mais populoso da área, o aumento foi de 39 para 47. Mauá também teve alta. Por sua vez, Santo André e Osasco ficaram estáveis.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que, nos últimos quatro anos, a lentidão média no pico da manhã caiu de 91 km para 80 km. À tarde, a redução foi de 140 km para 108 km.
Fonte: Jornal da Tarde, 22 de janeiro de 2012