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O custo de vida da classe média paulistana teve em 2011 a maior alta anual desde 2008 ao subir 5,91% ante 2010, de acordo com o Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Há quatro anos, o aumento foi de 6,22% em relação a 2007. Em dezembro ante novembro, a alta foi de 0,57%, resultado superior à variação apresentada na comparação de dezembro com o mesmo mês de 2010, que foi de 0,50%.
Segundo a Agência Estado, o grupo Despesas Pessoais registrou a maior alta no ano, de 7,87%, impulsionada por itens de recreação, como passagens rodoviárias e aéreas (17,91%), teatro (9,34%), academia de ginástica (8,43%) e viagem de excursão (7,80%). O grupo Saúde teve alta de 7,41% em 2011, pressionado por plano de saúde (8,54%), serviços médicos (7,40%) e remédios (5,73%).
Os gastos com Educação aumentaram 6,82% no ano, enquanto aumentos menores foram verificados em Alimentação (5,96%), Transportes (5,75%), Vestuário (5%) e Habitação (4,84%). Entre os produtos com maiores altas estão a sardinha (26,94%), o tomate (25,36%) e o café em pó (22,07%).
Segundo o relatório da Fecomercio-SP, divulgado dia 19, os serviços prestados por empresas privadas e por autônomos - como planos de saúde, escolas privadas (7,12%) e estacionamento de veículos (12,94%) - pressionaram o ICVM de 2011. "O baixo índice de desemprego e aumentos reais de salários viabilizaram esse movimento de elevação de preços que é caracterizado pelo dissenso dos prestadores de serviço em reajustar seus valores, os quais deveriam seguir critérios objetivos em função da evolução dos custos de cada atividade", diz o texto. O ICVM é elaborado em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e abrange o intervalo de renda entre cinco e 15 salários mínimos paulista (R$ 600).
Fonte: Agência Estado, 19 de janeiro de 2012

Categoria: Cidade


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