A ideia é que, quando uma pessoa tiver seu carro roubado (mesmo em um assalto a mão armada), ela possa preencher um formulário no site da Secretaria de Estado da Segurança Pública (www.ssp.gov.br). Lá, já existe o link para a Delegacia Eletrônica, que está sendo alterado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) para incluir os novos delitos.
"A vítima vai ter condições de registrar o fato e, na sequência, ler na tela a informação que, caso possa fazer retrato falado, reconhecer fotograficamente o autor ou acrescentar dados sigilosos, ela poderá se dirigir imediatamente à delegacia. Mas aí não pegará a fila - poderá ir direto à chefia dos investigadores do distrito", diz o delegado-geral.
Investigadores vão colher informações extras, como cicatrizes ou tatuagens, para facilitar a identificação de suspeitos. Atualmente, dependendo das filas, isso pode não ocorrer no mesmo dia do crime. De acordo com Carneiro, os bancos de dados das Polícias Civil e Militar, que já têm esse tipo de detalhe cadastrado, vão comparar as informações e fornecer, também na hora, uma lista de eventuais suspeitos, que poderão ser reconhecidos por fotografia no mesmo dia.
O roubo de carros é um dos crimes que mais preocupam a cúpula da Secretaria de Segurança. De janeiro a novembro de 2011, foram 36.906 casos só na capital - em 2010, haviam sido 34.908.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 18 de janeiro de 2012