Sem uniforme, pranchetas, blocos ou canetas, os flanelinhas tornaram-se donos do lugar, relata o Diário. Durante o dia eles dominam a demarcação, sobrepondo-se à fiscalização oficial, e à noite o clima é ainda mais agressivo. Em cidades como Florianópolis e Joinville, e na maioria dos principais centros urbanos do Estado, os guardadores de carros tomaram as ruas e até prédios públicos. O caso mais grave registrado em Florianópolis acontece na Rua Felipe Schmidt, no Centro. O estacionamento da Gerência Regional de Educação (Gered) é utilizado a partir das 19h como área privada. Quem cuida do espaço é um homem que chega ao entardecer, olha os carros e controla quem estaciona cobrando até R$ 5,00. O guardador diz que não exige valores, apenas aceita contribuições e vangloria-se pelo fato de não furtarem carro na sua área de atuação. Em Florianópolis, a reportagem constatou pelo menos dez pontos fortes de incidência de flanelinhas.
Fonte: Diário Catarinense (SC), 24 de março de 2008