Ascensão da classe C muda comércio varejista (27/03/2008)
Um novo cenário em relação ao perfil dos consumidores brasileiros chama a atenção dos varejistas, que precisam ficar atentos e investir em produtos e serviços adequados para o público de menor renda, afirma Camila Abud em reportagem do Diário Comércio Indústria. Segundo ela, com o aumento do poder aquisitivo da população, pela primeira vez na história houve na prática uma mudança na pirâmide dos clientes, com a queda na desigualdade de renda entre as classes A e E, além da ascensão de um grande contingente à classe C e um pequeno aumento da renda média das classes D e E. Redes como Wal-Mart, Pão de Açúcar e Carrefour estão de olho nisso, e acirram a disputa por esses clientes com expansão voltada ao perfil de baixa renda, cada vez mais capitalizada e afoita por gastar.
Em 2007, a classe C saltou de 36%, em 2006, para 46%, no ano passado. Além disso, a renda média familiar das classes A e B caiu 11% no ano passado, enquanto a das classes D e E subiu de R$ 545,00 em 2005 para R$ 580,00 em 2007, ou seja, pouco mais de 6%. Já a classe C permaneceu no mesmo patamar, com renda média de R$ 1.100,00. Ainda segundo o Diário Comércio Indústria, é importante ressaltar que o número de pessoas que passou de D e E para C teve um aumento de sua renda média mensal de R$ 580,00 para R$ 1.100,00.
O cenário vem do levantamento da financeira Cetelem, do grupo BNP Paribas, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ipsos, com o intuito de compreender as regiões em que atua. A pesquisa também é feita em outros países.
Fonte: Diário Comércio Indústria, 27 de março de 2008