Segundo o engenheiro, a maioria dos deslocamentos de automóvel em São Paulo é triangular, de casa para o trabalho e de volta para casa, ou então para a escola ou fazer compras. "Nesse tipo de deslocamento o veículo acaba ficando muito tempo parado e gera ainda mais necessidade de espaço para estadoriar", afirmou Barat. O SINDEPARK (Sindicato das Empresas de Garagem e Estacionamentos do Estado de São Paulo) não tem estudos sobre o assunto, mas afirmou em nota que, se compararmos a frota de veículos e o número de vagas oferecido, 99% pela iniciativa privada, é fato que este número é insuficiente. O Sindicato aponta o Centro, Moema, Jardins, Vila Olímpia e a região da Avenida Berrini como os locais em que mais faltam vagas.
"A Zona Azul é uma iniciativa que é interessante, mas atualmente não é suficiente para São Paulo", afirma Barat. Segundo o especialista, a solução é melhorar o transporte público. "O problema de falta de vagas existe em todas as grandes cidades do mundo. A diferença é que em Londres ou Nova York o cidadão conta com uma boa rede pública e opta por usá-la", diz Barat. "Em São Paulo, o transporte público é deficiente e insuficiente, então o paulistano escolhe pagar o ônus de usar o carro e se sujeitar aos flanelinhas", contou o engenheiro.
A CET (Companhia de Engenharia de Trafego) afirma que está atenta à demanda por vagas. "A CET elabora permanentemente estudos para avaliar a necessidade de criação ou mesmo retirada ou remanejamento de vagas de Zona Azul, uma vez que é preciso acompanhar a dinâmica da cidade disciplinando o estacionamento e democratizando o uso do espaço viário ao implantar a rotatividade das vagas", disse por meio de nota.
Fonte: Diário de São Paulo, 11 de maio de 2012