Parking News

Você já entrou em um estacionamento por engano ou então desistiu de parar naquele lugar e mesmo assim não conseguiu sair sem pagar? Pois é, isso acontece com muita gente, já aconteceu com a maioria de nós. Tem estacionamento que não tem tolerância mínima e já começa a cobrar assim que você passa na cancela. Ou então tem aquele estacionamento que dá um prazo de alguns minutos. A gente fez um teste e encontrou de tudo.
Em uma cidade como São Paulo, com seus mais de 5 milhões de veículos, é bem difícil conseguir parar o carro sem ter de recorrer a um estacionamento. Mas é preciso ficar atento na hora de escolher a melhor opção. Os estacionamentos não têm muita tolerância, pra não dizer nenhuma, com quem desiste de parar, mesmo que o motorista tenha cruzado a cancela há poucos minutos.
"A gente entra e às vezes por algum motivo precisa sair e não consegue porque às vezes precisa pagar 20 reais, ficando três ou quatro minutos, é complicado", diz uma motorista.
Passamos a tarde fazendo testes na região da av. Paulista. Num estacionamento que fica em frente ao Parque Trianon, entramos às 16h52. Fomos ao caixa seis minutos depois e não teve conversa:
Repórter: "A gente não vai ficar."
Funcionária: "Tem de estar na tolerância, né?".
"Mas tem tolerância?"
"Só três minutos."
"Três minutos de tolerância?"
"É, só três. Já tá cobrando, já. R$ 18."

A lei não obriga os estacionamentos a darem um prazo de tolerância, isso fica a critério de cada um deles. Os shopping centers da capital, por exemplo, permitem que o motorista que ficou 15 ou 20 minutos saia sem pagar. O problema, afirma o repórter, é que muitos estacionamentos não informam de maneira clara se têm ou não período de tolerância.
Foi o que observamos na garagem subterrânea do Hospital das Clínicas. Passamos pela cancela às 15h33. Nove minutos depois, desistimos de ficar ali e mais uma vez fomos obrigados a pagar o valor cheio, 15 reais.
"É cinco minutos de tolerância depois que você entra no estacionamento. Vai ter que pagar para poder sair", disse o funcionário da garagem.
Do lado de fora não encontramos nenhuma informação sobre o prazo de tolerância.
Em outro, não havia sequer aviso do lado de dentro. Acabamos ficando só três minutos e conseguimos sair sem pagar nada, mas se tivessem passado cinco minutos de tolerância, já seria cobrado.
Será que a tolerância da tolerância facilitaria a vida dos motoristas?
"Cinco minutos às vezes faz falta no valor total. Uma vez ou outra até você nem sente tanto, mas no dia a dia é difícil", afirmou um motorista.
É tudo uma questão de bom senso. Se a pessoa entra, nem estaciona, nem para o carro, nem ocupa uma vaga e ter de pagar, é demais.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor diz que os estacionamentos que decidirem dar um prazo de tolerância precisam avisar de maneira clara. E destaca, ainda, que é abusiva a cobrança daquele motorista que entrou por engano no estacionamento e não ocupou sequer uma vaga antes de decidir ir embora.
O Sindepark, Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo, diz que as empresas sabem da importância da sinalização clara e ressalta que, apesar de os estacionamentos não serem obrigados a dar um tempo mínimo de tolerância, muitos oferecem esse prazo para os clientes, mas a gente viu que muitas vezes esse tempo mínimo não dá nem tempo para o motorista entrar e sair do estacionamento e o tempo que ele passa ali já é suficiente pra fazer valer a cobrança.
Fonte: Bom Dia São Paulo (Rede Globo), 13 de agosto de 2014

Nota do SINDEPARK:

O SINDEPARK orienta todas as empresas que mantêm a informação sobre a tolerância ou a inexistência dela em local visível para o usuário, antes que ele adentre o estacionamento. Ressaltamos também que a cobrança, mesmo que por alguns minutos de permanência, se justifica pelo fato de que os estabelecimentos são responsáveis civis pelo veículo assim que é feita a emissão do tíquete.

Categoria: Fique por Dentro


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