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Toda mudança disruptiva leva a novas oportunidades. É o que ocorre neste momento para quem pensa em comprar ou vender imóveis na cidade de São Paulo. Em 30 de junho, a Câmara aprovou o novo Plano Diretor do município. O projeto determina diretrizes para a construção de empreendimentos. O objetivo principal é melhorar a mobilidade na capital paulista, estimulando o uso do transporte público. As mudanças de regras irão mexer com o mercado imobiliário. O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) estima um aumento de 5% a 15% no preço dos apartamentos, a partir de 2015, quando devem ser construídos os primeiros edifícios sob as novas regras. Listamos abaixo algumas das oportunidades de investimento com as alterações - e os pontos que requerem atenção, para não perder dinheiro.
ONDE FICA MAIS CARO MORAR A oferta de apartamentos nos miolos dos bairros, fora dos chamados eixos (as regiões próximas a metrôs, trens e corredores de ônibus), deve diminuir. Com isso, o preço desses imóveis tende a subir. Os miolos dos bairros serão alvo de duas restrições. Enquanto nos eixos será permitido construir edifícios até quatro vezes o tamanho do terreno, neles o limite será de duas vezes. Nos eixos, o Plano Diretor não impõe limite de altura para os prédios. Já nos miolos dos bairros residenciais, em média, as construções não deverão ultrapassar os oito andares. "Fora dos eixos, os níveis de produção de imóveis devem cair, devido às restrições, e a escassez fará com que os imóveis aumentem de preço", afirma Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.
GARAGENS PRECIOSAS Nos eixos, a construção de uma segunda garagem por apartamento fica mais onerosa, já que ela passa a contar como área construída. A tendência é que os imóveis com mais de uma garagem nessas regiões subam de preço. "Hoje, a maioria das casas tem dois carros e essa regra vai encarecer e/ou reduzir significativamente a área útil das unidades residenciais", afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da consultoria imobiliária Embraesp.
CONTRA A ESPECULAÇÃO Quem compra terreno com intuito de esperar sua valorização para depois vendê-lo deve ficar atento. Pelas novas regras, o IPTU será progressivo. Quanto mais tempo o terreno estiver "abandonado", maior será o imposto pago pelo proprietário.
Fonte: Revista Época Negócios (SP), 1º de agosto de 2014

Categoria: Cidade


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