Com faixas, cartazes e carro de som, os estudantes da Faculdade da Amazônia Ocidental e da Faculdade e a Faculdade de Ciências Aplicadas Rio Branco (Firb-Faao) realizaram na noite de ontem uma manifestação contra a cobrança de R$ 45 pelo direito de estacionar nas dependências das instituições.
Para demonstrar que estavam revoltados, os alunos fecharam a entrada das faculdades, pedindo a isenção do serviço, argumentando que as outras instituições de ensino não cobram pelo estacionamento.
"É oneroso ao estudante ter que pagar uma faculdade, que já cobrou um reajuste nas mensalidades, agora, teremos que desembolsar o valor do estacionamento. O meu curso custava R$ 550 no ano passado, em janeiro já tive que gastar R$ 665,50", protestou o estudante de direito, Lázaro Barbosa.
A reportagem do jornal A TRIBUNA ouviu o vice-diretor-geral, Carlos Corrêa, e o diretor acadêmico, Samuel Appenzeller, que defenderam a cobrança como um serviço que não será de responsabilidade das instituições.
"O estacionamento será de responsabilidade de uma empresa que deverá cobrar pelo serviço, oferecendo segurança aos carros e às motos que estiverem no local", explicou Samuel Appenzeller.
Para isso, os administradores das instituições realizaram uma consulta ao Departamento de Defesa do Consumidor (Procon) que não se opôs.
"A cobrança do estacionamento é autorizada, mas em separado para não ser caracterizado como abusivo, por isso não pode ser anexado aos serviços da faculdade, que tem a obrigação de oferecer o ensino", defendeu Carlos Corrêa.
De acordo com vice-diretor geral, os alunos já estão cientes da cobrança pelo estacionamento, pois o tema aparece descrito no contrato. O estacionamento possui 700 vagas.
Fonte: A Tribuna (Acre), 09 de fevereiro de 2007