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No que diz respeito às fontes mundial de energia, há boas e más notícias. As más? O petróleo acabará. As boas? O petróleo acabará. E não somente ele: cedo ou tarde, todas as energias fósseis terão o mesmo destino - até mesmo o urânio que alimenta as centrais nucleares.

Disponível na forma liquida, fácil de utilizar, o petróleo tornou-se a energia mais comum, "o ouro negro" do século 20. Mas sempre foi evidente que se esgotaria um dia. Como ninguém sabia exatamente quando, o problema foi deixado de lado. O clima alarmista que reina entre os chefes de Estado mostra que administravam a questão no dia-a-dia, enquanto crescia a dependência a esse recurso em declínio.

Na verdade, a questão de saber quanto tempo ainda irão durar as reservas não está entre as primeiras preocupações, porque, antes que se esgotem os recursos disponíveis, o mundo "civilizado" terá atingido um nível insuportável de destruição ambiental. Se acreditarmos nos resultados das pesquisas do Grupo Intergovernamental sobre a evolução do clima (GIEC) [1], seria necessário reduzir ao menos 60% das emissões de gás responsável pelo aquecimento da atmosfera terrestre até o ano 2050, para evitar um enorme colapso econômico e ecológico.

A segunda questão diz respeito às conseqüências do aumento dos preços da energia, tanto para a economia mundial como para as economias nacionais. Esta alta contínua é provocada por diversos fatores. A era do petróleo fácil de extrair (petróleo convencional) está encerrada, o que explica a busca de energias fósseis não convencionais. Mas elas são insuficientes para satisfazer ao aumento do consumo de combustíveis, provocado pelo desenvolvimento de países como a China e pela multiplicação de deslocamentos no planeta. E o custo da infra-estrutura necessária para extração eleva-se cada vez mais, à medida em que se torna necessário explorar os últimos recursos existentes.

Diante da ameaça climática, retórica e covardia

As incertezas políticas constituem um quarto fator. Em um mundo cada vez mais instável política, econômica, cultural e socialmente - devido, entre outras razões, à liberalização dogmática - estas crises têm todas as probabilidades de se agravar. O principal desafio logístico é fornecer continuamente petróleo, gás e urânio, para o mundo inteiro, a partir de alguns lugares e países produtores, utilizando importantes redes de transporte. Esta vulnerabilidade provoca um aumento dos custos políticos e militares com segurança - por exemplo, para proteger os meios e os centros de fornecimento dos ataques terroristas.

Os custos crescentes tornam a armadilha energética cada vez mais perigosa. Os países em desenvolvimento sofrem um golpe dramático por serem obrigados a pagar os preços do mercado mundial. Em muitos casos, as importações de produtos energéticos absorvem toda a receita das exportações. Em 2005, o custo do petróleo, para tais nações, aumentou em 100 bilhões de dólares, o que representa muito mais que o conjunto da ajuda ao desenvolvimento oferecida por todas as nações industrializadas. Enquanto isso, os ganhos das grandes corporações petroleiras aumentaram de maneira astronômica: em 2005, a Exxon teve um lucro de 35 bilhões de dólares; a Shell, de 25 bilhões; a British Petroleum (BP) 22 bilhões [2]...

Muito antes dos recursos estarem realmente esgotados, convém ressaltar o estado precário e calamitoso do sistema mundial de fornecimento de energia primária. As iniciativas tomadas na reunião do G8 em São Petesburgo, em julho de 2006 foram uma tentativa de solucionar essas crises. Esforços ilusórios: o recurso, no mundo inteiro, à energia nuclear e ao "carvão limpo", para produzir eletricidade, parte do princípio de que o sistema energético mundial poderia permanecer o mesmo, caso não houvesse o impacto das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa e a mudança do clima.

Crescem as pressões junto aos países fornecedores, para que aumentem sua produção, e para que as redes internacionais de fornecimento sejam reforçadas, em total contradição com os objetivos de proteção da natureza e do clima. Apresentadas retoricamente como saída, as energias renováveis, são, na prática, consideradas apenas marginalmente. Há muito tempo deveriam ter se transformado numa prioridade estratégica absoluta.

Fonte: Site Observatório Social, 15 de fevereiro de 2007

 

Categoria: Fique por Dentro


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