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Niterói conta atualmente com uma frota de mais de 195 mil carros, circulando pelas principais vias do município e o crescimento desse número não está sendo, porém, acompanhado pelo setor imobiliário da cidade.

Segundo a Secretaria de Serviços Públicos, Trânsito e Transportes (SSPTT), nos últimos três anos, mais de oito mil veículos passaram a ocupar as vias do município. Porém, cada vez mais carros perdem espaço nos estacionamentos dos edifícios residenciais e comerciais, obrigando motoristas a utilizar um serviço que está em alta: os edifícios-garagem.

Segundo a Secretaria, Niterói possui três estabelecimentos em Icaraí e quatro no Centro. Uma das vantagens para se abrir tal tipo de negócio é a ausência de cobrança de IPTU, o que diminui o custo total, já que grande parte se encontra em áreas nobres da cidade.

De acordo com Sérgio Corrêa, que administra três empreendimentos deste tipo na Zona Sul de Niterói, o serviço cresceu cerca de 40% nos últimos anos e a tendência é aumentar.

"A cidade está crescendo, o número de carros também, e nem as ruas ou os edifícios habitacionais conseguem comportar tantos veículos", explica. Cobrando uma média de R$ 200 por mês ou cerca de R$ 2,50 por hora, cada prédio pode comportar cerca de 250 carros por vez, apesar de certos edifícios atingirem a marca de 500 veículos.

"Apesar do investimento ser alto, por você ter que construir em áreas que são comumente valorizadas, aumentando assim o preço dos terrenos, o retorno vem relativamente rápido, já que a procura é sempre grande", garante o empresário.

Mercado - Em um breve levantamento, feito pela reportagem do O FLUMINENSE, percebe-se que os edifícios mais novos não são planejados para comportar muitos veículos. Apenas na Rua Tavares de Macedo, em Icaraí, dos 20 prédios analisados, apenas dois ofereciam mais de uma vaga por apartamento.

"Isso é um absurdo, qualquer família de classe média hoje em dia tem dois carros e os apartamentos só dispõem uma vaga. Sou obrigada a ter que alugar um espaço em uma garagem particular perto da minha casa", reclama a funcionária pública Roberta Tortedescinni, moradora de Icaraí.

É nesse contexto, segundo especialistas, que a necessidade de locais seguros para guardar automóveis surge. O urbanista Jorge Sorrentino, nascido em Niterói, mas que passa metade do ano morando nos Estados Unidos, onde leciona na Faculdade de Arquitetura de Nova Iorque, comenta o caso.

"As ruas por aqui não são muito seguras para se deixar os carros, isso quando há vagas, então as pessoas se vêem obrigadas a utilizar esses serviços", explica o urbanista.

Ainda segundo o especialista, isso acontece em inúmeras cidades em desenvolvimento do mundo.

"Niterói está em um ponto crítico, onde um grande número de cidadãos dependem do carro para se locomover. Então, ou os órgãos públicos começam a agir ou o cidadão vai ter que sempre recorrer a esses estabelecimentos particulares", diz Sorrentino.

Reclamações freqüentes

Outros usuários constantes de edifícios-garagem em Niterói são pessoas que trabalham no Centro do Rio de Janeiro, e estacionam os veículos no Centro de Niterói para depois pegar as barcas ou catamarãs. Sérgio Corrêa explica que a maioria dos clientes são moradores de Icaraí e São Francisco e que utilizam o serviço há mais de 10 anos.

"Tenho clientes aqui que deixam os carros há oito, até doze anos. Tem uns que não chegam nem a entrar, deixam a chave na ignição aqui na frente, me chamam e já vão embora", diz o empresário.

Porém, alguns dos usuários se queixam por ter que utilizar os carros todos os dias. O advogado tributarista Fernando Moraes, que trabalha no Centro do Rio e faz o trajeto São Francisco/Centro de Niterói todos os dias, é um dos que se mostram descontentes com a situação.

"É uma despesa muito grande, tenho que pagar a gasolina do carro, mais o preço da garagem. Como volto muito tarde do trabalho, não posso deixar o carro na rua", explica Moraes.

Soluções - Uma das saídas para desafogar o trânsito de Niterói, é criar mais vagas nas ruas. Segundo o urbanista Jorge Sorrentino, Niterói tem que criar uma malha de transportes públicos mais efetiva.

"A cidade, apesar de possuir muitas linhas de ônibus, é deficitária em muitos pontos importantes. Em certos horários alguns bairros ficam abandonados, sem horas certas para se pegar o coletivo".

Fonte: O Fluminense (Rio de Janeiro), 11 de fevereiro de 2007

Categoria: Geral


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