Os chips fazem parte do Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos), que o governo tenta implantar desde 2006. Ele já passou por mudanças e foi prorrogado diversas vezes.
Segundo a AND, a implantação demanda custos muito altos e nenhum Estado está preparado para cumprir a regra já em janeiro.
Teodoro Lopes, dirigente do Detran de Mato Grosso e presidente da entidade, diz que os Estados precisam de mais detalhes sobre a forma de implantação, que passa pela adaptação de sistemas e compra de equipamentos.
"Não adianta colocar chip nos carros novos se não tiver pórticos para se fazer a leitura. E não adianta só o Estado ter se o Dnit (órgão que cuida das rodovias federais) ou os municípios não estiverem juntos. Seria algo morto", diz.
A ideia do sistema é que leitores instalados em pontos estratégicos identifiquem o veículo automaticamente.
As informações armazenadas no chip, como a placa e taxas pendentes, serão transmitidas a centrais de processamento, o que vai facilitar a fiscalização de veículos irregulares. O chip também poderá ser usado na gestão do tráfego e no pedágio eletrônico.
O Denatran informou que vai analisar o pedido, mas que, por enquanto, o cronograma será mantido. O prazo final de implantação é junho de 2014, quando nenhum carro poderá circular sem o chip.
Preço
Segundo Teodoro, os órgãos estaduais também estão sendo cobrados pelo custo do chip, que deve ser repassado aos donos dos veículos no momento do emplacamento.
O preço do equipamento poderá variar conforme a região. Estudos do Denatran apontam que o chip pode custar cerca de R$ 5, mas empresas têm participado de pregões com preços de R$ 18.
Fonte: Folha de S. Paulo, 18 de dezembro de 2012