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Um dos indicadores mais preocupantes sobre o trânsito de São Paulo, o de mortes de motociclistas, está fechando o ano com a primeira queda no número de casos desde 2008. A redução é de 16,2%, de 395 para 331 mortes - na comparação entre os meses de janeiro e setembro de 2011 e 2012. Há dois motivos principais para esse feito. O primeiro, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), não tem a ver exclusivamente com as motos: é a redução da velocidade máxima permitida para todos os veículos, que foi padronizada em 60 km/h há dois anos. "Quando fizemos a primeira padronização, na Avenida 23 de Maio (e o restante do Corredor Norte-Sul) já havíamos detectado uma redução nos casos de acidentes com motos porque os carros estavam menos rápidos. Então (a diminuição das mortes de motociclistas) era um resultado esperado", diz o gerente de Planejamento da CET, Irineu Gnecco Filho.
Os índices, segundo Gnecco Filho, mostram que, com a frota de carros correndo a uma velocidade menor, o número de acidentes cai e a fatalidade das colisões também. Por isso, os motoqueiros estão correndo menos.
Por outro lado, essa política não combate outra das principais causas desse tipo de acidente, a imprudência dos motoqueiros. Por isso, o segundo motivo apontado pela Prefeitura para a redução das mortes é o aumento da fiscalização. Gnecco Filho não trata como coincidência o fato de as mortes terem diminuído depois de a CET passar a usar radares específicos para flagrar motos correndo demais, os chamados radares-pistola.
Prejuízos
Para o consultor de engenharia de tráfego Horácio Augusto Figueira, casos em que o motociclista sofre acidente e sobrevive são os que devem ter atenção maior agora, com a redução do número de mortes. "A redução dos limites de velocidade como uma das explicações para a queda de mortes faz todo o sentido. Com menos velocidade, a energia do impacto é reduzida e há mais chances de sobrevivência."
Por isso, diz ele, para saber se os acidentes estão caindo de maneira geral ou se a redução é apenas nas mortes - com aumento de casos de pessoas que ficam internados ou com sequelas -, é preciso novos estudos. "De qualquer forma, a fiscalização precisa ser maior. Ela precisa ser 24 horas, na cidade toda. Hoje, não é", afirma o consultor.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 13 de dezembro de 2012

Categoria: Geral


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