A ideia foi parar o carro, no máximo, a duas quadras de supostos destinos. Em uma das tentativas, a vaga só foi encontrada após quase 15 minutos.
Já em outros trechos (ruas do Rosário, Boa Morte, XV de Novembro e Dom Pedro I), a demora foi entre 10 e 20 minutos. Já no sábado, a situação foi pior. Por ser sábado e estar um dia chuvoso, o tempo que a reportagem demorou para estacionar na rua Governador Pedro de Toledo foi de pelo menos 30 minutos.
Apesar das 3.346 vagas disponíveis, encontrar um espaço para estacionar requer paciência e sorte. Motoristas questionam a rotatividade proporcionada pela Zona Azul.
O vigilante José Hélio Fernandes, morador do Centro, disse que o tempo máximo de estacionamento, fixado atualmente em duas horas, deveria ser reduzido. Hoje quem vem ao Centro paga R$ 2 e fica duas horas parado. Quando o prazo está quase vencendo, é possível emitir outro tíquete para mais duas horas de estacionamento.
"Acho que este prazo máximo deveria ser de uma hora, sem possibilidade de renovação", afirmou. Marco Antônio Faria, morador do São Dimas, disse ter encontrado muita dificuldade para parar o carro na região do Mercado Municipal. "Até encontrar uma vaga dei pelo menos seis voltas no quarteirão. Como o trânsito é muito lento, eu calculo que o carro consumiu mais gasolina só para procurar a vaga do que no trajeto de casa até o Centro", relatou.
ESPECIALISTA
De acordo com o especialista em trânsito José Almeida Sobrinho, a falta de vagas se deve ao aumento na quantidade de veículos circulando, somada à estagnação na criação de novos espaços. "Uma das soluções seria proibir a renovação do cartão de estacionamento, além de estabelecer uma redução do período máximo de cada parada", afirmou. "Outro recurso seria a criação de estacionamentos verticais", apontou Sobrinho.
Fonte: Jornal de Piracicaba, 14 de dezembro de 2014