As normas e critérios de homologação para o chip automotivo que vai equipar os veículos do País deverão ser anunciados em até 60 dias, segundo informou ontem o diretor técnico do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Mauro Mazzamati.
Ele informou que o objetivo do chip é identificar o grande número de veículos irregulares em circulação nas cidades brasileiras. Só em São Paulo, o novo sistema deverá enquadrar 1,7 milhão de carros quer rodam em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro.
"Apenas em São Paulo, a identificação dos veículos irregulares significaria uma receita de R$ 1,7 bilhão em arrecadação de IPVA, multas, DPVAT e licenciamento", afirmou Mazzamati. Segundo o diretor, dos 42 milhões de veículos em circulação no País, algo entre 25% e 30% estão irregulares.
Para começar a instalação do chip, o Denatran depende do Ministério da Ciência e Tecnologia, que vai definir qual a plataforma tecnológica a ser utilizada. "Depois de definida a tecnologia, cada Detran poderá licitar seus contratos de forma independente, com a empresa que for mais adequada", afirmou o diretor do Denatran. A definição do sistema deve acontecer em 120 dias.
O crescimento da frota nacional dificulta a fiscalização e pressiona a implantação de um sistema de controle mais eficaz. "O chip enviará informações do veículo onde quer que ele esteja", disse Mazzamati.
Fonte: Diário do Comércio (São Paulo), 11 de abril de 2007