"Nesse momento, não (vai precisar importar), a gente está com produção suficiente, processando o máximo possível, e todo dia a gente faz uma conta para ver o que é melhor produzir, se é gasolina, se é diesel", disse.
Entre março e abril do ano passado, a Petrobras importou 2,4 milhões de barris de gasolina motivada pelo aumento da demanda pelo produto, que em algumas épocas do ano tem preço mais competitivo do que o etanol por questões de safra ou climáticas.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referentes à semana passada, a gasolina está mais cara do que o etanol em 21 Estados brasileiros.
Na semana encerrada no dia 14, a Petrobras informou que bateu recorde de vendas do combustível em dezembro, assim como de querosene de aviação, e fechou o ano com vendas 17,8 e 16,6% maiores, respectivamente.
Para Costa, em 2011 o crescimento das vendas dos dois combustíveis poderá ser mais tímido, já que geralmente acompanha de alguma forma o desempenho da economia.
Em 2010, no entanto, o movimento foi atípico, com as vendas de gasolina e QAV superando as previsões do PIB para o ano.
"Em 2010 o crescimento dos derivados foi maior do que o PIB, o que não é comum, pode ter mudado o perfil", disse Costa, lembrando que nos últimos anos a alta do poder aquisitivo provocou um boom no país de venda de automóveis e passagens de avião, entre outros itens. Ele destacou os números divulgados pela Agência Nacional de Aviação (Anac) dia 13, que mostraram crescimento de 23,5% da demanda por vôos em 2010.
Fonte: agência Reuters, 14 de janeiro de 2011