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Poluição, acidentes de trânsito e congestionamentos têm sido problemas cada vez maiores nas grandes cidades brasileiras. Na capital paulista as dificuldades se multiplicam. Afinal, aqui temos uma equação urbana muito complicada: como harmonizar a convivência de mais de 10 milhões de habitantes com uma frota que beira os 5,5 milhões de veículos num espaço de circulação insuficiente, mal planejado e carente de transporte público de qualidade? Para dificultar, acrescenta-se à malha viária cerca de 300 carros licenciados por dia! Pior ainda para quem depende do transporte público, excetuando-se uma minoria que transita apenas na linha livre do metrô. De resto, há trabalhadores que incorporam ao seu período de trabalho quatro ou mais horas diárias inúteis dentro de ônibus engarrafados.
Enfim, o trânsito bate de frente com a qualidade de vida de toda a população, mesmo a que não sai de casa, pois a poluição atmosférica é distribuída democraticamente entre todos e parte do tempo de convivência entre familiares é consumido nas filas de cada dia. Na contabilidade geral da economia o prejuízo é calculado em bilhões de reais por ano.
Enquanto o caos se avizinha (se é que já não chegou), não se vislumbram soluções do tamanho do problema, mesmo considerando a nova Linha 4 - Amarela do Metrô, com 12,8 km de extensão entre a Luz (Centro) e Vila Sônia (Sudoeste), que deverá ser entregue somente em 2009 (1ª. fase) e 2012 (2ª. fase) . Temos hoje 61,3 km de metrô, mas deveríamos ter ao menos cinco vezes mais. Outra perspectiva oficial tardia criada para a melhoria do trânsito é o projeto do Rodoanel, uma via de 170 km ao redor da Grande São Paulo, projetada para interligar as 10 rodovias que cruzam São Paulo e assim retirar todo o tráfego de passagem pela cidade. O trecho Oeste foi concluído, o trecho Sul está em construção e será entregue somente em 2010. Depois disso restarão ainda mais 76,6 km para completar a obra. Quando?
A gestão do trânsito e da mobilidade urbana deve estar fundamentada em ferramentas e instrumentos de análise que determinem uma política pública , ações e intervenções que envolvam o transporte coletivo, a engenharia de tráfego, a ocupação e uso do solo e o transporte particular, aonde em relação a este último tópico necessariamente a atividade de estacionamento tem especial relevância.. Esses fatores determinaram o sucesso de políticas adotadas por diversos países.
Consciente da importância da atividade como equipamento urbano e de sua responsabilidade, nosso setor tem procurado aproximar-se de órgãos municipais, se disponibilizando para participar deste esforço de reorganização do espaço público e na aplicação de políticas e ações definidas e inseridas em um planejamento urbano eficaz para a Cidade de S. Paulo.
Sergio Morad - Presidente
Roberto Naman - Vice-presidente de Comunicação

Categoria: Artigos


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