Serra também apontou a divisão dos tributos feita pelo governo federal e o atual sistema eleitoral como principais "fatores negativos" que impedem investimentos nas grandes cidades. "Eu defendo a autoridade metropolitana dos transportes, que não seja do governo do Estado nem das Prefeituras. Uma autoridade da qual o governo do Estado e as prefeituras participem, mas que tenha poder decisório, e inclusive orçamento, e isso implica mexer na Constituição", disse Serra.
Serra explicou que o atual modelo tributário faz com que o governo federal arrecade muito das grandes cidades e repasse baixas quantias a esses municípios. Segundo ele, de cada US$ 10 que um paulistano paga de imposto, US$ 1,5 fica com a Prefeitura, US$ 2, com o governo estadual e US$ 6, com o governo federal.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de dezembro de 2008