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A mobilidade nunca foi tão importante como nos dias de hoje e exerce um papel crucial em nossa sociedade moderna, em que mais e mais pessoas querem desfrutar da condição de ir e vir. Nesse cenário, o carro passou a ser uma necessidade que se acentua principalmente onde o sistema de transporte público coletivo é ineficiente. No Brasil, já existe um automóvel para cada cinco habitantes - num total de 34,8 milhões de veículos registrados em 2011. Algumas cidades, como São Paulo, já apresentam menos de dois habitantes por veículo, média recorrente em países desenvolvidos, como, por exemplo, Estados Unidos e Alemanha. Segundo estudo do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), a relação de habitantes por veículo no Brasil deve chegar a quatro até 2014.
Em todo o mundo, segundo estimativas do setor, a frota poderá chegar a 3 bilhões de unidades em 2050. Essa expansão, no entanto, tem também seus inconvenientes. Os veículos automotores são um dos principais agentes na emissão de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global.
As montadoras, por sua vez, não ficaram paradas. Nos últimos anos, lançaram-se em uma corrida para criar novas tecnologias para um mundo mais sustentável. Os carros que circulam hoje são dotados de motores muito mais eficientes e emitem menos gases tóxicos que seus precursores. E a busca por alternativas mais sustentáveis deve ser contínua e abrangente.
Selo de eficiência
Um exemplo de uma nova solução com um amplo impacto econômico e ambiental é a etiquetagem de pneus, uma tendência que vem ganhando força por todo o mundo. Assim como aconteceu com os eletrodomésticos, os pneus recebem um selo de eficiência. A partir de novembro deste ano, todo pneu comercializado na União Europeia deverá conter essa etiqueta, classificando três itens: resistência ao rolamento, emissão sonora e aderência a piso molhado. Representantes do bloco estimam que essa iniciativa trará, apenas na região, uma economia entre 2,4 e 2,6 milhões de toneladas equivalentes de petróleo até 2020.
Na Coreia do Sul, semelhante regulamentação entrará em vigor a partir de dezembro deste ano. Estados Unidos e Japão já adotam sistemas similares e espontâneos de etiquetagem de pneus.
No Brasil, o Inmetro está conduzindo o Programa Brasileiro de Etiquetagem de Pneus, que deverá seguir o padrão europeu e entrar em vigor gradativamente a partir de 2014, de modo compulsório.
Com isso, ganha o consumidor, que poderá enxergar o produto pneu não mais apenas como um círculo de borracha preta, mas ele terá critérios objetivos de avaliação quanto à eficiência, qualidade e durabilidade do produto, e com base nisso, definir sua escolha de compra. Na prática, essa etiqueta vai servir para mostrar ao consumidor o porquê de pneus, aparentemente iguais, apresentarem preços diferentes. É que, na verdade, o pneu que custa um pouco mais fará menos barulho, precisará de uma distância muito menor para frear, de forma mais segura, e vai proporcionar economia de combustível, além de ter uma vida útil mais longa.
Pneu verde
Em média, entre 20% e 30% do consumo de combustível em um automóvel, bem como 24% das emissões de CO2, são atribuídos aos pneus. Os pneus de alto desempenho, também conhecidos como pneus "verdes", podem economizar cerca de 1 litro a cada 100 km rodados ao longo de sua vida útil. Aumentar o rendimento do veículo nesta proporção pode parecer pouco, mas, aplicado à frota mundial, esse ganho significa uma economia de bilhões de litros de combustível.
Se todos os pneus no mundo hoje fossem "verdes", ou seja, de alta performance, o resultado seria uma economia anual de 20 bilhões de litros de combustíveis e uma redução de cerca de 50 milhões de toneladas nas emissões de CO2 à atmosfera.
É positivo o fato de o automóvel, mais de 120 anos após a sua invenção, ser uma alavanca de tecnologia e crescimento. E deve haver uma convergência fundamental da tendência para veículos mais econômicos, ecológicos e com mais conectividade com o mundo, sem, entretanto, envolver sacrifícios em termos de segurança e conforto.
Nesse cenário, com vistas a proporcionar uma melhor qualidade de vida a nós e futuras gerações, todos os atores da cadeia automotiva devem atuar, investindo continuamente em pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras e de menor impacto ao meio ambiente, tendo como foco a mobilidade verde.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 29 de outubro de 2012

Categoria: Geral


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