Longas filas de veículos se formam na Guapira e a velocidade não ultrapassa os 10 km/h no local. Inquietos com a demora, passageiros costumam descer dos ônibus e fazem o percurso a pé.
A reportagem do G1 percorreu o trecho todas as manhãs durante as últimas semanas e constatou que o trajeto que deveria durar cerca de 10 minutos demora 50 minutos em apenas um trecho do percurso. É comum ver pedestres disputando o espaço com carros e ônibus na Avenida Paranabi e se arriscando para chegar até a estação do metrô.
Mesmo com algumas placas de sinalização alertando sobre a obra, os motoristas não encontram opções para fugir do trânsito. No período noturno, o fluxo de veículos é inverso e a lentidão já começa na Avenida Luiz Dumont Villares, na Parada Inglesa, no sentido bairro.
Obras
De acordo com a legislação, construções que possuem mais de 500 vagas de estacionamento são classificadas como polos geradores de tráfego e são obrigadas a investir 5% do valor total da obra em medidas para amenizar o impacto no trânsito. A lei também condiciona a emissão da licença de funcionamento após a conclusão das exigências viárias.
Estão previstas obras de readequação geométrica, a construção de uma nova pista na Rua Paulo de Faria e o alargamento da Rua Paranambi, com duração prevista para 60 dias. Também será feito um novo retorno para os veículos que sairão do shopping e seguirão para a Av. Guapira.
O shopping foi ampliado antes de ser inaugurado, o que contribui para o aumento de trânsito na região após a inauguração. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, "o empreendimento possui alvará de reforma de 2010 e apresentou Projeto Modificativo de Alvará de Reforma em 2012, que está sob análise".
A inauguração do empreendimento está prevista para o fim deste ano. O empreendimento comercial terá cinco andares com 230 lojas e mais cinco andares de estacionamentos com 1.800 vagas ao todo. O shopping terá seis salas de cinema digitais. A Prefeitura diz que o shopping só pode funcionar com o habite-se certificado de conclusão da obra aprovado.
Outro Lado
Em nota, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que as obras realizadas no entorno do shopping fazem parte das medidas mitigadoras de impacto ao trânsito exigidas para a liberação de funcionamento do empreendimento.
A JHSF, responsável pela obra do Shopping Metrô Tucuruvi, afirma que todas as fases de construção do empreendimento estão de acordo com a legislação vigente, incluindo a obtenção de alvarás, estudo de impacto de trânsito e demais documentações necessárias.
Fonte: portal G1, 23 de outubro de 2012